A Comissão de Trânsito, Transporte e Atividade Econômica da Câmara Municipal de São Paulo discutiu durante Audiência Pública realizada nesta quarta-feira (2/8) os problemas relacionados ao SPTaxi, aplicativo gerido pela Prefeitura e voltado às atividades da categoria. Reunião do colegiado, em março deste ano, trouxe diversos apontamentos e relatos que viabilizaram o debate.
Por quase três horas, taxistas e representantes da classe participaram das discussões e expuseram opiniões. Zito Amaral pontuou que muitos taxistas fizeram o cadastro, mas não constam na base da TakSim – empresa de tecnologia responsável pelo aplicativo. “Os números são inverídicos e muitos de nós não sabem como tudo vai funcionar. Não somos contra o APP, mas somos autônomos. Deveriam deixar tudo facultativo, tirar as obrigatoriedades que nos foram impostas. Houve a migração dos dados da Prodam [antiga gestora dos dados] para a TakSim e houve o vazamento de dados dos cadastros”.
Luiz Pellegrino, também taxista, reafirmou que a categoria é autônoma e não quer ficar presa ao aplicativo. “Os APPs não podem ser a única alternativa de trabalho. Eles querem colocá-lo como nossa única fonte. A Prefeitura precisa proporcionar algo de bom a nossa classe para que possamos aceitar o ingresso no modelo. Hoje, mal conseguimos acessar o APP, falta comunicação. Não podemos jogar fora nossa carteira de identificação que é o Condutax”.
Já Valentim Domingos da Silva citou a questão do desacoplador, equipamento instalado nos táxis para enviar as informações do taxímetro para os aplicativos dos condutores e passageiros. “Jogaram essa do desacoplador goela abaixo, não houve discussão com a gente. Queremos um aplicativo que faça melhor que os outros, pois do jeito que ficou vamos pagar o mesmo que concorrentes”. Os motoristas afirmam que o equipamento vai fornecer inúmeros dados particulares ao aplicativo, considerados desnecessários.
Para o assessor do Sinditaxi (Sindicato dos Taxistas Autônomos de São Paulo), Giovani Romano, o APP lançado em abril de 2018 era para ser uma ferramenta para concorrer com os demais que forneciam o transporte particular de passageiros. “Mais justo e menos predatório. Mas, até agora o APP não saiu da teoria. Boa parte da categoria entende que não precisa do aplicativo, mas entendo ser necessário acompanhar a tecnologia para amanhã não sermos considerados ultrapassados. O APP tem que ser confiável, seguro e exclusivo do serviço”, completou.
Empresa de tecnologia
O CEO da TakSim, Carlos Alberto Silveira, esteve presente durante a Audiência Pública e se manifestou logo após as falas da categoria. Ele explicou que o APP é moderno e atualizado, além de respeitar o contrato celebrado com a Prefeitura. “Havia três obrigações técnicas no edital, buscamos atender todos os requisitos. Isso não é um APP da nossa empresa, mas sim da Prefeitura. Seguimos tudo o que estava em edital”.
Sobre o desacoplador, item que gera bastante controvérsia entre os taxistas, Carlos Alberto Silveira deixou claro que o equipamento funciona como um meio de comunicação entre o taxímetro e o APP. “Era previsto em edital e necessário para manter a conexão. As informações contidas nele são controladas pela Prefeitura, ela é responsável por todos os dados. Somos operadores e não temos autonomia”, destacou sobre o vazamento de dados.
Executivo
A Prefeitura foi representada tanto pelo DTP (Departamento de Transportes Públicos), órgão municipal que gerencia, regulamenta, vistoria e fiscaliza os serviços de transporte realizado por táxis, quanto pela Secretaria Municipal de Mobilidade e Trânsito.
Roberto Cimatti, diretor DTP, argumentou que o desacoplador foi exigido para fazer a transferência dos dados do taxímetro para o aplicativo e não haver divergências de valores. No entanto, não existe a obrigatoriedade, quem não quiser, não trabalha com o APP, é simples”.
A administração municipal esclareceu que apesar do cadastro ser obrigatório, a utilização da plataforma continua sendo facultativa. Gilmar Pereira Miranda, secretário-executivo de Transporte e Mobilidade Urbana, comentou que os taxistas têm autonomia para desenvolver a atividade de transporte individual, independentemente do APP. “Contratamos a TakSim via edital porque a Prodam não tinha capacidade técnica de desenvolver à época novos módulos para o aplicativo. Um exemplo era área de pagamentos. Havia, portanto, a necessidade de aprimorar o projeto.”
Vereadores
A Audiência Pública contou com a presença dos vereadores Adilson Amadeu (UNIÃO), Senival Moura (PT), João Jorge (PSDB) e Rodolfo Despachante (PSC). Autor do requerimento para realização do debate, Adilson Amadeu pediu paciência à classe até o prazo final para o cadastro obrigatório no SPTaxi, dia 15 de agosto. “Se até o dia de lançamento não estiver em pleno funcionamento, vou lá cobrar. Mas, o aplicativo é necessário”.
Presidente da Comissão de Trânsito, Senival Moura entendeu que a Audiência atingiu as expectativas. “O ponto principal era a não obrigatoriedade do desacoplador. O que eu entendi na fala final do secretário é que a exigência será suprimida”.
O debate pode ser visto na íntegra no vídeo abaixo:
Acho que a instalação do desacoplado, tem que ser opcional, não obrigatório.
Na minha opinião esses apps só querem ganhar em cima da categoria, se fosse bom não seria obrigatório.
Na pode virar Cartel, liberdade coloca quem quiser ,sem obrigatoriedade,simples !!! Quem está por trás disso?, porque a obrigatoriedade,estranho não acham!!!
Bom Dia, Nós, taxistas, pedimos que a empresa SPTaxi, busquem parcerias com as empresas e usuários finais, pessoas físicas, através de propagandas mostrando a importância do táxi para a população. Segurança, corredores, o nosso investimento em carros melhores para servir cada vez melhor o passageiro, a educação. Vestimos a camisa da nossa profissão. Somos taxistas conhecedores das diversas cidades de são Paulo, lugares e até outros estados. Temos o jogo de cintura com os diversos tipos de passageiros. Realmente é com muito orgulho que sou taxista e tenho o prazer de oferecer toda esse profissionalismo ao passageiro. Seja no fino trato, no melhor caminho, no respeito, na discrição.
Boa noite, um absurdo o que estam fazendo com a categoria dos taxistas que são autônomos, a prefeitura não pode jogar a responsabilidade para imprensa particular, tem que ter um app da prefeitura para que os taxistas renovem suas licenças.
Perfeito sua obs. querem o monopólio da categoria toda, triste ver a que ponto chegamos, e mais, parece que esse app é meia boca.
Bom dia! Nessa história toda, tem um impasse, ninguém disse que quem estipula o valor no taxímetro é a prefeitura, aumento depois de vários anos sem ter quem determinou foi a prefeitura, o taxista nāo tem poder algum sobre valor está no taxímetro, agora a prefeitura, vereadores querem colocar desacopladores, ditar valores abaixo do que determinaram no taxímetro, é transferir responsabilidade, pois só quem está na rua sabe como é duro ganhar algum, ficar sentado falando é fácil tem um salário gordo, roda três meses na rua se aguentarem ficar 10, 12, 16 horas pra fazer 200,00.
Porque a obrigatoriedade, quem está por trás disso…
Uma empresa de tecnologia não é capaz de produzir um app que saiba
Calcular tempo x distância ou seja um taxímetro virtual, mas a concorrente 99 por exemplo que ja existe a anos consegue e o valor bate certinho com o taxímetro mesmo sendo independentes, SPTAXI SIM, desacoplador NÃO! Está muito estranho isso obrigando o taxista a instalar isso e mentindo que não é obrigatório.
Vergonha! Ditadura….onde já se viu uma empresa cheia de dívida gerindo o serviço de táxi….o ipen é contra o desacoplador e mesmo assim querem nos obrigar a usar e pior com multa de 20.000 se o aparelho der defeito, chega de exploração…..nos estamos lutando contra esses aplicativos a anos sozinho agora vem gente com desculpa que vai nos ajudar mas com o interesse de nós roubar…..a categoria é contra! Porque ninguém escuta agente?! Somos pais de família trabalhador contribuintes merecemos ser ouvidos…..
O desacoplador, e uma mentira, visto que a leitura será de todo o serviço feito no veiculo, o taxista quer sim o APP sem desacoplador, esqueceram de indagar aqui queo desacoplador está atrelando o alvará e condutax, ou seja sem desacoplador sem alvará e sem condutax essa era a condição quando começaram com essa istoria.
Eles querem obrigar o desacoplador junto com o APP justamente para saber exatamente quando o taxista consegue ganhar no mês. Usando ou não o aplicativo para atender chamadas, eles vão registrar, por onde você andou, quantas corridas fez e quanto ganhou. Vai ser questão de tempo para obrigarem a trocar os taximetros por outro que terá o acoplador integrado