A Câmara Municipal recebeu nesta segunda-feira (12/9) a 18ª Premiação de Desenhos Infantis de Intercâmbio Cultural Nipo-Brasileiro. A iniciativa do vereador George Hato (PMDB) é coordenada pelo Museu de Belas Artes da Mokiti Okada Association (MOA), da cidade de Atami, no Japão, que reconheceu o trabalho de 25 crianças da rede pública municipal.
De acordo com o vice-presidente da MOA Internacional no Brasil, Benedito Tate, o projeto tem por objetivo “sensibilizar na criança da rede pública a importância da arte como elevação dos sentimentos”. Dentre as obras das crianças expostas na Câmara neste ano, a MOA, juntamente com 32 países e com apoio da UNESCO, fará uma seleção para que os trabalhos sejam agraciados mundialmente.
Ele destaca que a cerimônia realizada numa casa legislativa aproxima os estudantes desde cedo a um dos órgãos que gere o funcionamento da cidade. “Receber as crianças nesse local exerce um impacto em nível de cidadania muito grande. É uma forma de inclusão social e participação de crianças que vêm de regiões muito distantes para conhecer uma Casa que desenvolve o trabalho público em benefício do cidadão”, pontuou.
É o caso de Stephany da Silva, de 12 anos, aluna do Centro de Promoção Humana São Joaquim Sant’Ana, localizado no Jardim Pedreira, zona sul. Ela expressou a necessidade de conscientização com o meio ambiente por meio do desenho intitulado ‘Árvore da Vida’, sendo premiada na categoria C, referente à idade de 11 a 12 anos. “Eu fiz um desenho sobre a importância das árvores porque elas são boas para nós e não podemos ficar cortando”, contou.
A tia Josiane Rocha, que a acompanhava, explicou que o reconhecimento das obras feitas pelas crianças contribui para uma sociedade mais humana e engajada. “É muito importante, porque as crianças não têm esse tipo de incentivo. Mesmo aquelas que não ganharam, só por estarem participando e terem essa oportunidade já agrega muito nos valores das crianças”.
Já a professora Andreia Santa Terra, do Centro de Educação Popular Santa Joana de Lestonnac, ressaltou a visibilidade da arte periférica. “As nossas crianças podem mostrar muito, o quanto são criativas, mas têm poucas oportunidades. Elas colocam seus sonhos, suas vivências no papel e isso tudo é uma maneira de elaborar o mundo que elas querem hoje e no futuro. A vida não é feita só de premiações, mas estar participando”.
O vereador George Hato (PMDB) ponderou sobre o intercâmbio cultural promovido no município. “É um trabalho nobre porque incentiva as crianças à arte e à cultura e também por fazer esse laço entre Brasil e Japão. Todos eles são ganhadores.”