A Comissão Parlamentar de Inquérito (CPI) da Cantareira marcou para o dia 9 de maio a primeira reunião ordinária do colegiado, quando será definido o plano de trabalho para os próximos encontros. De acordo com o presidente da CPI, Paulo Frange (PTB), a vasta documentação existente a respeito do tema ajudará nas tarefas dos parlamentares.
Um desses documentos é a investigação realizada pelo Ministério Público Estadual entre 2000 e 2007, que observou um avanço considerável no desmatamento da região. “Nossa preocupação maior agora é trabalhar em cima das informações que já temos”, comentou Frange.
Além da questão do desmatamento, o vereador adiantou que outro foco da CPI será o Trecho Norte do Rodoanel Mário Covas, cujo trajeto passará pela Serra da Cantareira e, segundo ele, desrespeita o Plano Diretor da cidade de São Paulo. Um dos questionamentos diz respeito ao EIA-RIMA (estudo e relatório de impacto ambiental): a comissão questionará o Executivo como ele foi aprovado mesmo com as flagrantes infrações ao Plano Diretor.
“Vamos tratar esse assunto dentro de uma proposta de encontrar soluções para a região”, declarou Frange. “Estamos fazendo um trabalho aqui para que as próximas gerações não sejam comprometidas”, acrescentou, lembrando ainda que a Serra da Cantareira é reconhecida internacionalmente como parte do cinturão verde de São Paulo por abrigar áreas remanescentes da Mata Atlântica.
Também integram a CPI da Cantareira os vereadores Aurélio Nomura (PSDB), Juscelino Gadelha (PSB), Noemi Nonato (PSB), Gilberto Natalini (PV) e Marco Aurélio Cunha (PSD).
(26/4/2012 – 12h57)