O Dia Internacional do Orgulho LGBT (Lésbicas, Gays, Bissexuais, Travestis, Transexuais e Transgêneros) foi comemorado nesta sexta-feira (30/6) na Câmara Municipal de São Paulo. Durante o evento, os participantes e a idealizadora do encontro, vereadora Adriana Ramalho (PSDB), chamaram a atenção para a necessidade de “festejar e refletir sobre os avanços e desafios” para a população LGBT.
A falta de equipamentos e políticas públicas para esse grupo estão entre os principais desafios a serem resolvidos. Homenageada no evento, a funcionária do centro de cidadania LGBT Arouche, centro de São Paulo, Mirian Queiroz, revelou que o preconceito diminuiu – se comparado ao período do Regime Militar –, mas não acabou.
“Sou travesti com orgulho e todos devem ter o mesmo espaço na sociedade. Precisamos de mais ações para melhorar os equipamentos públicos e de mais educação para conscientizar as pessoas”, argumentou.
O coordenador de políticas para LGBT da Secretaria Municipal de Direitos Humanos e Cidadania, Ivan Batista, participou do evento e foi um dos homenageados. Ele agradeceu e citou o Transcidadania – proposta com meta de fortalecer as atividades de colocação profissional, reintegração social e resgate da cidade para a população LGBT em situação de vulnerabilidade – como uma das ações da Prefeitura para combater o preconceito.
Para ele, esse é um dos principais projetos da pasta. “Encaminhamos formalmente travestis para o mercado de trabalho, descentralizamos o programa, pensando no bem estar dos beneficiários de todas as regiões e vamos capacitar cada vez mais os funcionários públicos. O nosso compromisso é com políticas públicas afirmativas para a população LGBT”, disse Batista.
A Associação da Parada do Orgulho LGBT foi uma das homenageadas. “Agradecemos pelo reconhecimento. O evento que organizamos é para termos igualdade“, argumentou o sócio-fundador do grupo, Nelson Matias Pereira.
A vereadora Adriana Ramalho (PSDB) agradeceu a participação de todos. “As datas comemorativas são boas para festejar e refletir. Precisamos unir forças em todas as esferas do poder para conseguir melhorias dos equipamentos públicos para atender a comunidade LGBT e acabar com o preconceito”, disse.
Também foram homenageados a assistente social Andreia Alves de Jesus, Gretta Salgado Silveira, atriz e maquiadora, e Jair Odé, presidente da ONG Casa Cultural e Religiosa Afro Brasileira IIê Aché Omo Ode.
Incrível como foi ignorado nessa matéria uma faixa tão grande falando das mortes de transexuais e travestis no Brasil, é assim que segue nossa população TT sempre invisível aos olhos dos governantes e de todxs. Nós do Instituto Nice não vamos calar nossas vozes enquanto alguém nada fizer por nós .