RenattodSousa / CMSP
As chaves de segurança do sistema de transporte municipal de São Paulo são de propriedade da Digicon e, para o presidente da Comissão Parlamentar de Inquérito (CPI) do Transporte Coletivo, vereador Paulo Fiorilo (PT), esses dados poderiam ser armazenados pela própria SPTrans.
Durante depoimento ao colegiado nesta quinta-feira, o gerente comercial e de projetos da Digicon, Wilson Lopes, afirmou que os módulos de segurança são de propriedade da empresa. É importante que os códigos não fiquem disponíveis a qualquer pessoa que possa estar trabalhando no sistema, disse. No entanto, o gerente ainda explicou que faz parte do contrato da Digicon com a SPTrans que esses códigos fiquem depositados em um sistema para que a SPTrans possa ter acesso caso não tenha continuidade dos serviços.
Para o presidente da CPI, a Digicon tem um poder muito grande. Toda vez que a Prefeitura precisar de atualização, terá de recorrer à empresa. É contraditório, eu sou gestor do sistema e não posso ter acesso a um código por questão de segurança, questionou. As chaves poderiam ficar com a própria SPTrans e não precisaria contratar uma empresa para fazer esse controle, acrescentou.
Os vereadores da CPI do Transporte também chamaram a atenção para a falta de licitação com as empresas Digicon, Uol Diveo empresa contratada pela SPTrans para processar e armazenar as informações do sistema do Bilhete Único – e a Prodata.
A reunião de hoje foi importante para debater os processos licitatórios, já que nenhuma das empresas passou por licitação e essa é uma das maneiras de rever o custo do sistema, disse Fiorilo.
(19/09/2013 – 19h07)