Gute Garbelotto/ CMSP
Convidado pela Comissão de Trânsito, o diretor de Serviços da SPTrans, coronel Eliziário Barbosa, participou nesta segunda-feira na Câmara Municipal de audiência pública realizada para discutir questionamentos feitos por cooperativas de transporte da Capital sobre supostos abusos em aplicações de multas de trânsito a ônibus e lotações na zona Leste.
Entre os assuntos discutidos estavam casos específicos apresentados pelas cooperativas que demonstravam a aplicação de várias multas a um mesmo veículo em um único dia, além de pedidos para a revisão do Regulamento de Sanções e Multas, o Resam, que estabelece os critérios das autuações.
Eliziário Barbosa esclareceu que todos os casos citados não apresentavam nenhuma irregularidade nas autuações e que um mesmo veículo pode ser multado várias vezes, já que percorre o mesmo caminho repetidamente todos os dias, porém em horários alternados. Além de explicar cada caso, foram exibidas fotos e vídeos para ilustrar diferentes situações de infrações aplicadas pelos condutores no trânsito.
Para o diretor de manutenção da Associação Paulistana Garagem G3, Rubens Pereira de Moura, que opera na Zona Leste, falta apuração para explicar as multas que chegam para funcionários que não atuam nas áreas nas quais os veículos foram autuados. Têm muitas multas que a gente sabe que são abusivas, que vêm de determinados lugares que a gente sabe que não pertence ao nosso itinerário, afirmou.
O vereador Senival Moura (PT) questionou a falta de provas nas aplicações de multas em casos como a ultrapassagem do sinal vermelho nos semáforos. Essas multas que foram aplicadas por conta do semáforo? Tem imagem, tem fotos ou coisas desse tipo para comprovar que ele realmente passou no semáforo vermelho, indagou o vereador ressaltando que os condutores conhecem os pontos e horários críticos que podem colocar em risco a segurança dos passageiros.
De acordo com o diretor do SPTrans, todos os ônibus devem seguir um itinerário pré-determinado, mas isso não impede que eles trafeguem em outras regiões. Nós temos um sistema de monitoramento desses ônibus, ao qual eles também têm acesso. Todas as linhas são feitas com base em uma ordem de serviço que estabelece um itinerário. Nada impede que ele opere em outra linha, e quando isso é constatado, o veículo é autuado.
Barbosa ressaltou ainda o trabalho feito pelos fiscais de trânsito, lembrando que os agentes são pessoas concursadas e capacitadas para o cargo. Os critérios em relação às multas são estabelecidos de acordo com o regulamento de sanções de multas. Todos os nossos técnicos são instruídos, reciclados e aplicam essa regra de forma uniforme, explicou.
A audiência pública foi presidida pelo vereador Aurélio Nomura. A primeira reunião da Comissão para debater o tema foi realizada no dia 12 de setembro.
Confira entrevista em vídeo:
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(22/10/2012 22h20)
