O diretor de Serviços da SPTrans, coronel Eliziário Barbosa, esteve nesta quarta-feira na reunião da Comissão de Trânsito, Transporte, Atividade Econômica, Turismo, Lazer e Gastronomia para prestar esclarecimentos sobre supostos abusos na aplicação de multas a condutores de ônibus da cidade.
Responsável pela fiscalização dos transportes coletivos na capital, Barbosa negou a existência de perseguição às concessões. Segundo ele, as fiscalizações são realizadas por profissionais treinados e estão concentradas em locais onde há mais reclamação por parte dos usuários.
“O sistema já prevê, para cada multa aplicada, a possibilidade de recorrer para que ela seja julgada em primeira e segunda instância. Nos casos pontuais, em que houve um erro ou suspeita de uma ação pessoal por parte do agente, eu peço que nos encaminhe para que possamos apurar”, afirmou Barbosa em relação às reclamações dos condutores.
Charles de Oliveira Pinto, da Associação Paulistana de Transportes, afirmou que os condutores já receberam multas por infrações cometidas em ruas que sequer haviam trafegado. Ele sugeriu o uso de câmeras fotográficas para aumentar a transparência nas autuações. “O coronel disse que confia em seus agentes, mas os donos dos carros também confiam em seus operadores”, afirmou sobre as infrações atribuídas a motoristas, que podem ocasionar a suspensão do veículo.
O vereador Senival Moura (PT) também criticou a falta de transparência na aplicação das multas. “Ninguém mais suporta a aplicação de dois ou três mil reais em multas todos os dias. Os condutores estão trabalhando para pagá-las”, afirmou.
Para tornar mais claro processo de autuação, o vereador Aurélio Nomura (PSDB) sugeriu a uniformização de todos os fiscais da SPTrans. “Não queremos que a fiscalização deixe de existir, mas também não queremos abusos”, disse.
(12/9/2012 – 17h26)