Da Redação
A distribuição de absorventes internos deve passar a ser obrigatória na cidade de São Paulo. O objetivo é evitar constrangimentos para as mulheres que não têm condições financeiras de comprá-los e, por conta disso, acabam utilizando materiais prejudiciais à saúde.
De acordo com o texto do Projeto de Lei (PL) 55/2013, de autoria do vereador Laércio Benko (PHS), aprovado em plenário no mês de dezembro, os fabricantes de absorventes internos recomendam a sua troca, no máximo, a cada oito horas, porém, os ginecologistas aconselham que o período não passe de seis horas. “Infelizmente, muitas mulheres numa metrópole como São Paulo não possuem condições financeiras de adquirir absorventes higiênicos, fazendo com que algumas improvisem materiais diversos para estancar o sangue decorrente da menstruação. Por fim, convém ressaltar que estudos recentes sugerem que as mulheres que usam absorventes internos teriam menos propensão de desenvolver endometriose”, diz o texto.
A distribuição gratuita será feita em postos da prefeitura, mas somente para as mulheres hipossuficiente, ou seja, aquelas cuja renda familiar seja inferior a dois salários mínimos.
O Projeto foi aprovado em segunda votação, mas ainda precisa passar pela sanção do Executivo.
A proposta é muito interessante e atenderá uma parcela grande de mulheres que não tem condições de comprar ao menos um absorvente para sua higiene. Infelizmente, o ponto negativo é que para ter acesso a algumas políticas públicas o cidadão precisa ser quase “miserável”, e mais, precisa provar que o é.
Agora eu pergunto, e a situação das mulheres encarceradas que também utilizam materiais inapropriados e que não recebem o mínimo para sua higiene no período menstrual, como ficam?