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Um comentário

Camila Camargo Lima

Perfeito, esperamos que com toda essa movimentação e todos vendo a importância da escola e do professor na vida de toda uma nação seja reconhecida como tal , com incentivo e um olhar para os professore de creche CLT os que são contratados pelos mantenedores. Cuida de nos também professores de creche com um salario defasado e período integral.

Contribuições encerradas.

Em programa da TV Câmara, Mário Sérgio Cortella discute desafios da educação durante isolamento

Por: JOTA ABREU - HOME OFFICE

15 de maio de 2020 - 14:48

Em edição especial, o programa Decisões & Argumentos, da TV Câmara SP, entrevistou nesta sexta-feira (15/5) o professor, escritor e filósofo Mário Sérgio Cortella e o vereador Alfredinho (PT), para falar sobre educação em tempos de pandemia. O programa foi apresentado pela jornalista Elys Marina. Além da TV aberta e a cabo, o programa foi transmitido pelas redes sociais da Câmara.

Logo no início, os debatedores tratam sobre a definição de responsabilidades da educação entre escola e família. Cortella explicou que a responsabilidade dos pais é de fornecer educação e dos professores é a escolarização, ou seja, o ensino formal.

Ao tratar dos desafios atuais, Alfredinho disse que o professor pode encontrar dificuldades no trabalho, mesmo com a modalidade de ensino à distância, pois observou que o formato impede que o profissional consiga observar as particularidades de cada aluno, pois cada um requer uma atenção diferente.

HOMESCHOOLING

Os debatedores trataram do “homeschooling” que é uma forma de ensino doméstico defendida como substituição à freqüência presencial nas escolas. Para, Cortella o ensino em casa é uma medida somente emergencial, como forma de preservação da vida, enquanto o homeschooling propõe que tudo seja feito em casa pelos, sem mesmo haver interação com profissionais de forma tecnológica. Ele demonstrou contrariedade sobre a modalidade, pois disse que as pessoas seriam colocadas numa situação ainda maior de desigualdade para o aprendizado. “Eu vim de uma família em que meus pais eram pessoas instruídas, mas essa não é a realidade da maior parte da população. Se houvesse apenas homeschooling na minha época, eu teria muita vantagem em relação a outros alunos”, exemplificou.

DESAFIOS DA EDUCAÇÃO

Em seguida, Elys Marina propôs uma reflexão sobre o maior desafio do momento, se é a falta de socialização dos alunos, a dificuldade do uso de ferramentas tecnológicas ou se o conjunto dos fatores. Cortella iniciou a conversa argumentando acreditar que todos os itens ao mesmo tempo tornam o momento mais difícil. Para ele, a sala de aula é o cenário mais adequado para o processo de ensino-aprendizagem, porque agora as pessoas estão juntos à distância, mas cada um ao seu modo. O professor defendeu que a escola, com todos no mesmo ambiente, estimula todos a entrar na mesma sintonia. “Se numa sala de aula já é difícil a captura de atenção, a ponte com a motivação dos jovens, imagina quando não há nem o requisito da presença imediata à sua volta. Estamos num momento totalmente atípico.

O vereador Alfredinho levantou as questões das diferentes situações em cada família. Ele deu o exemplo de uma casa em que os pais eventualmente não possam acompanhar as atividades virtuais dos filhos, e precisam delegar para um irmão mais velho. “Fico pensando sobre a qualidade de educação dessas crianças neste momento, praticamente sem acompanhamento. O irmão nem sempre vai ter a mesma exigência que os pais”, afirmou.

Cortella alertou ainda para a própria formação das pessoas que acompanham as crianças. “Muitos pais e mães, ao longo de toda a nossa cidade, não têm uma preparação para isso. Se nós, professores, mesmo com necessidade de capacitação, encontramos dificuldade para desenvolver, isso significa que nesse momento tudo fica mais complexo”, alegou.

ENSINO INFANTIL

O debate ainda tratou sobre o início da educação das crianças, ainda na fase de alfabetização. Alfredinho disse que, nesta fase, além do conteúdo curricular, outros elementos como a alimentação e a socialização são parte importante da formação das crianças como indivíduos. “A professora do ensino infantil é até mais importante do que do ensino superior. Precisamos valorizar mais estes profissionais, porque eles têm papel fundamental na formação integral da criança”, defendeu.

Cortella chamou atenção também para a necessidade dos equipamentos adequados, pois a familiaridade com tecnologia os alunos já possuem, pois são nativos digitais. Ainda assim, ele atentou para um outro problema quando as atividades retornarem. Segundo ele, não vamos encontrar crianças e jovens que tiveram somente a ausência de conteúdos e temas neste tempo, mas também teremos de lidar com os traumas e cicatrizes. Para o filósofo, uma parcela grande desses alunos poderá ter perdido avós, mães, pais, irmãos por conta da doença. “Um desafio grande será como curar as feridas que ficarão após o momento de cessação da quarentena e da pandemia”, disse.

O vereador Alfredinho encerrou a participação dizendo ser necessária uma programação e planejamento de como será realizado o retorno das crianças à escola, com os devidos cuidados para não haver contaminação e também para as outras questões pedagógicas apresentadas.

O programa completo pode ser conferido no vídeo abaixo.

 

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