A Comissão Extraordinária de Apoio ao Desenvolvimento do Turismo, do Lazer e da Gastronomia recebeu nesta terça-feira (9/5) a coordenadora do Observatório da Gastronomia, vinculado à Secretaria Municipal de Desenvolvimento Econômico e Trabalho, Guta Chaves. O Observatório da Gastronomia é considerado um espaço de articulação voltado ao fortalecimento da cadeia alimentar e da gastronomia com o objetivo de potencializar os aspectos ligados à economia, cultura, segurança alimentar e sustentabilidade.
Logo no início da reunião, Guta Chaves fez uma breve apresentação sobre o Observatório que completou quatro anos no fim do ano passado. O espaço funciona como um comitê temático de trabalho. Atualmente, são tratados assuntos como a comida de rua, gastronomia social e sustentabilidade, além da qualificação e inclusão profissional. “Participam chefes de cozinha, empresários do ramo alimentício, associações ligadas à gastronomia e ONGs”, explicou.
A apresentação deu destaque a inúmeros dados. São Paulo está entre as dez cidades mais importantes do mundo em gastronomia, sendo a segunda em número de restaurantes. O setor representa 55% da economia criativa da cidade. “A cozinha japonesa divide hoje espaço com a cozinha italiana. Nossa cozinha é diversificada, contemporânea e democrática. Ela é formada por tendências, primeiro chega aqui. A gastronomia é um pilar do desenvolvimento econômico e social de São Paulo”, pontuou a coordenadora do Observatório.
Entre os objetivos do comitê está a descentralização do circuito gastronômico, reduzindo desigualdades, ampliação da ecogastronomia, conectar pesquisas científicas e inovação social, além de ampliar a participação de públicos em vulnerabilidade, refugiados e migrantes com acesso à formação criativa e empreendedora.
Durante a reunião, o presidente da Comissão de Turismo, vereador Rodrigo Goulart (PSD), afirmou que “os dados são base para o relatório do Plano Diretor Estratégico e todo levantamento mostrado aqui nos auxilia no direcionamento das políticas públicas. Umas das indicações conquistadas junto à Prefeitura são mais 100 dias de gratuidade da taxa do programa Ruas São Paulo. Ajuda e muito no desenvolvimento dos bares e restaurantes pós-pandemia”.
Emprego
Sobre a empregabilidade dos setores de turismo, hotelaria e eventos, o diretor técnico da Secretaria de Turismo e Viagem do Estado de São Paulo, Virgílio Carvalho, pontuou a retomada da recolocação profissional. “Perdemos muitos valores durante a pandemia. É importante agora a recolocação com preparo. Esse trabalho hoje é centrado no portal da UGT (União Geral dos Trabalhadores), por meio de um sistema de cadastramento de currículos e ofertas de vagas. Sempre teremos boas vagas para bons profissionais”.
De acordo com o presidente da Abrafesta (Associação Brasileira de Eventos), Ricardo Dias, o setor de eventos precisa ser observado de forma cirúrgica, pois tem peculiaridades específicas que diferem dos restaurantes e hotéis. “Eventos estão cada dia em um lugar, estamos à mercê de profissionais freelancer. Eles sumiram do setor, então não temos tantos profissionais qualificados, deixando o setor bem defasado quanto à mão de obra. A lei trabalhista não cabe para o nosso setor, o que nos deixa invisíveis”, afirmou.
Participaram dos trabalhos desta terça, que podem ser vistos no vídeo abaixo, os vereadores Rodrigo Goulart (PSD) e Sansão Pereira (REPUBLICANOS).