Foto: RenattodSousa
Vereadores debatem durante a 220ª sessão ordinária da Câmara Municipal, nesta terça-feira |
As enchentes que assolam a cidade de São Paulo nos últimos meses foram motivo de intenso debate na sessão ordinária da Câmara, realizada nesta terça-feira.
A oposição usou a tribuna para criticar a administração municipal pela falta de um plano de emergências para o atendimento da população desabrigada pelas águas. Os governistas alertaram que o que ocorre em São Paulo faz parte de um fenômeno climático global.
Primeiro a abordar o assunto, o vereador Adilson Amadeu (PTB) disse que pretende solicitar uma investigação contra a Secretaria de Infraestrutura Urbana e Obras (SIURB), que licitou caminhões para limpeza de piscinões e rios. Pelas enchentes que vemos todos os dias nos jornais, esses serviços não estão sendo feitos. Esses caminhões custam até R$ 54 mil aos cofres públicos e não estamos vendo resultados, disse o parlamentar.
Exibindo imagens da TV que mostram vários bairros paulistanos embaixo dágua, o vereador Aurélio Miguel (PR) disse que a prefeitura tem dinheiro em caixa para fazer obras em vários bairros atingidos pelas enchentes, mas não tira seus projetos do papel. Toda vez que a prefeitura é questionada sobre esses projetos, a resposta que recebemos é que eles estão sendo refeitos.
O líder do PSDB na Câmara, vereador Floriano Pesaro, foi o único que saiu em defesa da administração municipal. Ele lembrou a todos que as enchentes vistas em São Paulo não são fenômenos locais e que a incidência de raios e trovões na cidade foi recorde na capital paulista nos últimos meses, assim como os índices pluviométricos. Nunca choveu tanto em São Paulo e em outras cidades do Mundo. A Austrália e a China, por exemplo, que não têm um prefeito Kassab, sofreram nos últimos dias com os mesmos problemas de inundações, lembrou Pesaro. Trata-se de um fenômeno climático global. Ao invés de encontrarmos picuinhas, esse parlamento precisa cobrar a administração municipal pela falta de um sistema que nos informe com antecedência quando as chuvas vão chegar, disse o tucano.
Para o vereador Jamil Murad (PCdoB), a prefeitura de São Paulo precisa pensar em obras que escoem a água das chuvas para as represas, reaproveitando a água e devolvendo-as às represas que abastecem a cidade.
O problema das enchentes não é só da cidade de São Paulo, é metropolitano. É preciso chamar o governo do Estado e o governo federal para encontrar a solução de longo prazo que independa do partido, declarou.
Comissões – Além das enchentes, os vereadores debateram o funcionamento das comissões da Casa. A vereadora Sandra Tadeu (DEM) cobrou da Mesa Diretora que os novos presidentes e integrantes sejam indicados, para que as comissões possam voltar às atividades.
O presidente da Casa, vereador José Police Neto (PSDB), disse que aguarda a indicação dos nomes definidos pelos líderes partidários. Ele salientou que as comissões podem continuar funcionando normalmente, mesmo sem a definição dos novos nomes.
O vereador Carlos Apolinário (DEM) comentou que várias comissões continuam trabalhando normalmente. Segundo ele, não há dispositivo regimentar que impeça o funcionamento das atuais comissões estabelecidas, mesmo sem a definição dos líderes.
Despedida A 220ª sessão ordinária da Câmara de Vereadores de São Paulo também marcou a despedida do vereador Jooji Hato (PMDB), que deixa o cargo para assumir o mandato de deputado estadual a partir de 15 março. No discurso de despedida, o peemedebista lembrou de projetos importantes que conseguiu aprovar na Câmara.
Ausência – O presidente da Câmara leu em plenário um ofício do prefeito Gilberto Kassab (DEM), que comunicou aos vereadores sua ausência da cidade entre os dias 6 e 12 de março, quando viajará à França para firmar convênios que tragam feiras internacionais para São Paulo. Kassab será substituído pela vice Alda Marco Antonio (PMDB) em seu período de ausência.
O vereador Roberto Tripoli (PV) aproveitou a sessão deste dia primeiro para anunciar aos vereadores presentes que Dalton Silvano (PSDB) é o novo vice-líder do governo na Casa.
Sem quorum – Depois da sessão ordinária, o presidente José Police Neto iniciou os trabalhos de abertura da 138ª sessão extraordinária também convocada para esta terça-feira. Apesar do início dos trabalhos, não houve quorum para votação dos projetos da pauta.
As propostas foram alocadas para a sessão desta quarta.
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