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A Câmara recebeu nesta segunda (16) o Encontro para Esclarecimento e Diálogo Sobre Usinas Nucleares no Brasil, que reuniu especialista para debater os problemas envolvidos com uso da energia nuclear no país e no mundo.
O evento, de iniciativa do vereador Gilberto Natalini (PV), contou com a participação de Pedro Henrique Torres, coordenador da Campanha de Clima e Energia do Greenpeace, e dos professores Ildo Sauer e Joaquim Francisco de Carvalho, ambos do Instituto de Eletrotécnica e Energia da Universidade de São Paulo.
Todos contrários ao uso da energia nuclear para a produção de energia elétrica, os debatedores concordam que as consequências de um acidente nuclear são tão devastadoras que não é inteligente correr o risco, por menor que seja.
O mundo não precisa de mais exemplos concretos de que a gente deva abandonar a energia elétrica a partir de fontes nucleares. Já teve o acidente de Chernobyl, o acidente com o césio aqui em Goiânia, 25 anos atrás, e Fukushima, no ano passado, comentou Pedro Henrique Torres.
Natalini lembrou que as centrais nucleares emitem pouco carbono, o que ajuda a combater as mudanças climáticas decorrentes do uso de combustíveis fósseis. No entanto, ele acha que fontes alternativas podem fazer o mesmo sem o risco de grandes acidentes. Todo esse dinheiro deveria ser investido em fontes como a energia solar, que é de graça, e que não causa nenhum mal, afirmou o vereador.
Para os participantes, os projetos do governo brasileiro de construir mais uma usina em Angra dos Reis e outras quatro no Nordeste são erros também do ponto de vista econômico, pois a hidroeletricidade é mais barata do que a energia nuclear.
Atualmente, cerca de 17% da geração elétrica mundial é de origem nuclear a mesma proporção da energia produzida através da hidroeletricidade e do gás natural. Entre os países que mais utilizam a energia nuclear estão França (78%), Bélgica (57%), Suécia (46%), Suíça (40%), Japão (39%), Coréia do Sul (39%) e Alemanha (30%).
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(16/04/2012 21h22)