André Bueno | REDE CÂMARA SP Na véspera do feriado da Proclamação da República, diferentes assuntos estiveram na pauta de discussão da Sessão Plenária. Na tarde desta terça-feira (14/11), os vereadores que subiram à tribuna tiveram até cinco minutos para falar sobre assuntos de livre escolha.
A sessão de hoje foi presidida pelo vereador André Santos (REPUBLICANOS), 2º vice-presidente da Câmara Municipal de São Paulo. E a atuação da Enel – concessionária responsável pela distribuição de energia elétrica na capital paulista – voltou a ser debatida.
O vereador João Jorge (PSDB) lembrou que na última quinta-feira (9/11) a Casa instalou a CPI (Comissão Parlamentar de Inquérito) da Enel. Presidente da Comissão, o parlamentar reforçou o foco do trabalho que será feito ao longo dos próximos meses. “Apurar e investigar o tamanho do desmando, do desmantelamento e do sucateamento da Enel, que já vinha dando sinais de queda na qualidade dos serviços em meses anteriores”, falou João Jorge.
Líder da bancada petista na Câmara, o vereador Senival Moura (PT), integrante da CPI, reiterou a necessidade de investigar o trabalho da Enel na cidade. De acordo com ele, é preciso rever a concessão. “Tem que fazer uma nova concessão e fazer de uma forma adequada. Tem que corrigir. Estamos aqui para isso”.
Quem também se manifestou em relação à Enel foi o vereador Eliseu Gabriel (PSB). Eliseu considerou como um caos o ocorrido na cidade de São Paulo no início deste mês, quando um vendaval deixou milhares de imóveis sem energia elétrica durante dias.
“Há famílias que ficaram quase uma semana sem energia elétrica. Estragou estabelecimentos comerciais, mercados, enfim, um caos aconteceu na cidade de São Paulo”, disse Eliseu Gabriel, que aproveitou para se posicionar contrariamente à privatização da Sabesp.
“Vão privatizar a Sabesp para quê? Para diminuir a qualidade da distribuição, para ter mais falta d’água, para aumentar o preço da tarifa – como aconteceu com a energia elétrica – e os serviços piorarem?”, argumentou ele.
Educação, altas temperaturas e meio ambiente
Já a vereadora Edir Sales (PSD) repercutiu a Audiência Pública da Comissão de Educação, Cultura e Esportes de quarta-feira (8/11) passada. A ocasião contou a presença do secretário municipal de Educação, Fernando Padula. A parlamentar destacou que as escolas municipais não foram prejudicadas pela falta de energia na cidade. “Algumas escolas que ficaram sem energia receberam gerador. Os alunos não ficaram sem aula, não tivemos problemas com evasão escolar neste período”, afirmou Edir.
Ainda sobre o tema da educação, o vereador Celso Giannazi (PSOL) chamou a atenção para as altas temperaturas. Com o clima mais quente, o parlamentar cobrou investimentos nas escolas municipais para que os ambientes internos sejam adequados com ventilação.
Giannazi pede, por exemplo, a instalação de ventiladores, equipamentos de ar-condicionado e climatizadores. “Hoje, com esse calor extremo que estamos vivendo aqui na cidade de São Paulo, temos salas de aula que são impossíveis para as crianças e os profissionais da educação ficarem dentro”.
Os eventos climáticos também foram tratados pelo vereador João Ananias (PT). O parlamentar entende como fundamental criar políticas públicas para preservar o meio ambiente. João quer mais áreas verdes na cidade e árvores plantadas nos bairros da capital.
“Como vereadores desta Casa, precisamos fazer uma lei que preserve as nossas áreas verdes, as nossas praças e as nossas nascentes. E que se possa também aumentar a plantação de árvores na cidade. Cada hora que você passa em um bairro, fica mais difícil para as pessoas que andam na rua com calor acima de 40 graus”, falou João Ananias.
Violência contra mulher
Da tribuna do Plenário 1º de Maio, o vereador Eli Corrêa (UNIÃO) fez um alerta para o aumento de casos de violência contra a mulher no interior do Estado de São Paulo. “Em um mês, casos de violência contra a mulher aumentam quase 16% no interior de São Paulo, aponta a Secretaria de Segurança Pública”.
Eli disse que os dados são preocupantes. De acordo com o parlamentar, a orientação é denunciar qualquer tipo de violência – seja física ou psicológica. O vereador citou o caso recente da apresentadora Ana Hickmann, que denunciou o marido por agressão no fim de semana, em Itu, interior de São Paulo.
“Têm outros casos que também chamam a atenção, não só o de Ana Hickmann, que mereceu destaque em toda a imprensa”, falou Eli, que mencionou ainda outros casos que estão sendo julgados.
Próxima sessão
A próxima Sessão Plenária está convocada para terça-feira (21/11) da semana que vem, às 15h. A Câmara Municipal de São Paulo transmite a sessão, ao vivo, por meio do Portal da Câmara, no link Plenário 1º de Maio, do canal Câmara São Paulo no YouTube e do canal 8.3 da TV aberta digital (TV Câmara São Paulo).
Assista à Sessão Plenária de hoje.
