A Comissão de Defesa dos Direitos Humanos, Cidadania, Segurança Pública e Relações Internacionais realizou nesta sexta-feira, em comemoração ao Dia da Declaração Universal dos Direitos Humanos, uma reunião para debater a situação dos usuários de crack.
Na quarta-feira (7/12), o governo federal lançou o Plano de Enfrentamento ao Uso do Crack e outras Drogas, que prevê medidas nas áreas de saúde e segurança pública, como a instalação de câmaras móveis nas cracolândias e ampliação de unidades para a internação involuntária de usuários. O conjunto de ações terá um investimento de R$ 4 bilhões até 2014.
Para o presidente da Câmara Municipal, vereador José Police Neto (PSD), o enfrentamento da questão gera muita polêmica. “Para nós, do Parlamento, há um desejo grande de debater com profundidade essa questão”, declarou.
Já o presidente da Comissão de Defesa dos Direitos Humanos, Cidadania, Segurança Pública e Relações Internacionais, vereador Jamil Murad (PCdoB), destacou que a situação dos usuários de crack não é questão de polícia, mas sim de saúde. “Precisamos de ações de todos os setores da sociedade para que estes usuários tenham atendimento ambulatorial, internações rápidas e inserção em suas famílias. O que deve ser tratado pela polícia é a questão do tráfico”, defendeu.
Para Mauro Aranha, vice-presidente do Cremesp (Conselho Regional de Medicina do Estado de São Paulo), “é fundamental que seja realizado um mapeamento exaustivo para se traçar um plano terapêutico individualizado dos usuários de drogas, e após a internação deve-se pensar para onde esses indivíduos irão, para um abrigo ou para a casa da família”.
Representantes do judiciário também participaram da reunião desta sexta-feira. O juiz de direito da Vara da Infância e Juventude Samuel Karasin e a defensora pública Leila Sponton defenderam o envolvimento de múltiplos setores, como saúde, assistência social, cultura e educação, para sanar o problema das drogas.
(09/12/2011 – 14h50)