DA TV CÂMARA
MARIANE MANSUIDO
A educação hoje ainda é focada no que pode ser ensinado dentro de uma sala de aula. Mas o conceito de educação integral está mudando essa ideia. O curso “Potenciais Educativos do Território Urbano: Rumo à Cidade Educadora”, promovido pela Escola do Parlamento, nesta terça-feira, (17/4), realizou um debate sobre o tema.
Uma das palestrantes, a diretora da Associação Cidade Escola Aprendiz, Natacha Costa, explica que, além da própria escola, os diversos espaços da cidade podem se transformar em agentes pedagógicos e garantir direitos dos indivíduos.
“Garantir direitos como acesso à saúde, cultura, lazer, assistência social. A educação integral coloca todos esses elementos em articulação para que as crianças e jovens tenham a possibilidade de se desenvolver integralmente”, disse.
A concepção de educação integral também compreende a garantia de condições de igualdade a todos, e que isso pode ser potencializado com a integração da escola e a ocupação dos espaços públicos. A arquiteta e urbanista, Beatriz Goulart, esclarece que o conteúdo ensinado dentro da escola também precisa fazer sentido quando o aluno está fora dela.
“Muitas vezes, o ritual da escola acaba criando uma bolha. Então é preciso furar essa bolha para que a escola possa influenciar as lógicas urbanas, e que essas lógicas urbanas também possam entrar na escola e criar um ambiente mais integrador, porque hoje a gente percebe que está bem segmentado”.
A coordenadora da Escola do Parlamento, Silvia Carvalho, destaca que o evento é uma parceria com o Fórum de Educação Integral para uma Cidade Educadora, com o objetivo de oferecer um curso que dialogue com as necessidades da comunidade.
“Nossa pauta é valorizar a educação integral na rede municipal e na cidade de São Paulo, oferecendo formação para os professores e diretores.”
