Por sua eficiência, o LED (sigla em inglês para diodo emissor de luz) é cada vez mais utilizado para iluminar cidades mundo afora. Embora sua instalação seja mais cara que a da iluminação a vapor de sódio tipo mais utilizado em São Paulo atualmente , o LED dura mais que o dobro de tempo, consome cerca de metade da energia e ilumina bem mais as vias públicas.
(Divulgação – Los Angles, antes e depois da instalação de luzes LED)
Desde 2009, a Los Angeles vem instalando gradativamente o LED em seus pontos de iluminação. Até dezembro de 2013, a cidade tinha trocado 147 mil lâmpadas, o que resultou em uma redução de 63% no gasto de energia . A economia para os cofres da cidade foi de US$ 7,7 milhões (R$ 18,2 milhões) no último ano, de acordo com a prefeitura. No Rio de Janeiro, a expectativa é que toda a cidade seja iluminada por LED até 2016.
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Em São Paulo, o LED já está presente em algumas vias por conta de iniciativas isoladas algumas do poder público, outras da iniciativa privada. As ruas Avanhandava e Amauri, por exemplo, tiveram a iluminação trocada com o patrocínio de empresas. Segundo a GE, que em 2010 bancou a troca das luzes na Avanhandava, a alteração resultou em uma economia de energia de 46%.
(Divulgação: GE do Brasil)
O município possui 10 mil pontos de iluminação com LED segundo a Ilume (Departamento Municipal de Iluminação), o que não chega a 2% dos 552 mil que a cidade possui. Mas esse é um cenário que pode mudar nos próximos anos.
Parceria
Em setembro do ano passado, o prefeito Fernando Haddad anunciou o projeto de modernizar a iluminação da cidade através de uma PPP (Parceria Público-Privada). Desde então, foi aberto um chamamento público para que empresas interessadas apresentem modelos de concessão ao município.
O diretor da Ilume, Alberto Serra, diz que as empresas são livres para apresentar o modelo que quiserem, o que pode incluir ou não a troca das lâmpadas de vapor de sódio pelo LED. Talvez alguma empresa encontre um modelo mais econômico com outra tecnologia. Mas o vencedor terá que propor estudos que viabilizem a economia de energia de alguma forma, e o LED é promissor nesse aspecto, acredita o engenheiro.
Os modelos propostos também deverão contemplar a criação de um centro de controle informatizado para o sistema de iluminação. Atualmente, segundo Serra, só é possível saber se há uma lâmpada quebrada com manutenção ativa, ou quando algum cidadão comunica o departamento. Com a informatização isso vai mudar, tornando o sistema mais eficiente.
Se apagar uma luz lá em Perus, ou na Brasilândia, nós vamos saber na hora e poder deslocar uma equipe pra lá, diz Serra.
O prazo para a apresentação dos estudos pelas companhias acaba em 14 de março. A partir desta data, a prefeitura terá 60 dias para escolher um dos modelos e começar a preparar a licitação. (Rodolfo Blancato)