Representantes do governo estadual apresentaram nesta quarta-feira à Comissão do Meio Ambiente da Câmara Municipal o projeto do Hidroanel Metropolitano, que utilizará os rios Tietê e Pinheiros e as represas Billings e Taiaçupeba para navegação.
O projeto, com estudos iniciados em 2008, será implantado por trechos, e a previsão é que os 170 km do anel que circundará a capital paulista sejam concluídos nos próximos 25 anos. “A meta inicial é transportar lixo, entulhos, material de dragagem do rio, resíduos da construção civil e o lodo retirados das estações de tratamento. O transporte de outras cargas e de passageiros também está previsto no projeto”, explicou o engenheiro Augusto Olavo Leite, da Secretaria de Logística e Transportes.
Durante a apresentação do projeto, Leite falou sobre a eclusa da barragem da Penha, primeira etapa do projeto do Hidroanel Metropolitano, que ligará a região até São Miguel Paulista, também na Zona Leste, por meio do rio Tietê. “O governo já entrou com o pedido de licença ambiental e a estimativa é que sejam gastos R$ 90 milhões nesta obra”, disse. O rio Tietê já conta com 41 km navegáveis, entre a Penha e o município de Santana do Parnaíba.
Um dos principais desafios para a construção do Hidroanel Metropolitano, segundo Leite, são as obras de desníveis dos rios.
Representando o Departamento de Controle da Qualidade Ambiental (Decont), da Secretaria Municipal do Verde e Meio Ambiente, Eduardo Mendes Oliveira falou sobre a importância de reuniões para debater o projeto. “É uma obra grande e precisamos discutir os impactos positivos e negativos para o município”, disse.
Para o presidente da Comissão do Meio Ambiente, vereador Gilberto Natalini (PV), a obra será fundamental para melhorias em São Paulo. Vamos oficiar a Prefeitura e o governo estadual para que o Hidroanel seja feito rapidamente, porque com essa obra teremos um ganho ambiental e social imensurável para a cidade”, avaliou.
(26/9/2012 – 12h53)
