Nesta segunda feira (14/2), foi realizada reunião de trabalho da Comissão de Estudos para a Criação de um Plano de Cidade Inteligente (Smart City). A Transformação Digital Municipal com uma plataforma tecnológica integrada foi destacada pelo engenheiro Rodolfo Fiori, cofundador da startup Gove. Ele destacou os principais eixos para atender da melhor forma o usuário final, seja o cidadão ou a empresa.
Segundo ele, são mais de 39 questões para serem avaliadas. “A instituição está preparada para fazer a transformação? O Poder Público consegue utilizar dados para a política pública? Tem uma infraestrutura básica que permita que a transformação digital ocorra? A gente está pensando no usuário, quando estamos fazendo essas ações aqui pra transformar? A gente está pensando no servidor público? Ele tem as competências necessárias? Se você não tem uma máquina preparada, você não vai conseguir. É importante que o gestor pense e desenvolva iniciativas para promover uma transformação de maneira eficiente, segura e ágil”, explicou.
A vereadora Cris Monteiro (NOVO) chamou a atenção para o fato de que os processos ainda tem muito o que evoluir para esse resultado. “Os processos são extremamente manuais, extremamente burocráticos, e de difícil transição. Ou seja, tudo muito truncado, tudo muito difícil. Eu costumo dizer, em tom de piada, que é feito para não funcionar”.
Já o vereador Daniel Annenberg (PSDB) ressaltou o fato de que para a cidade inteligente se tornar uma realidade é imprescindível a inclusão digital. “Se nós não tivermos inclusão digital, não adianta nada a gente ter serviços digitais”. E complementou. “Hoje um quarto da nossa população não tem acesso à internet. Além do que, aquela que tem acesso, grande parte dela tem um acesso que não é da melhor qualidade… não é um celular de última geração, não é um sinal de internet que funcione”.
A reunião recebeu também a especialista em governo e inovação, Daniela Swiatek, que explicou as principais diretrizes da Carta Brasileira para Cidades Inteligentes. Trata-se de um guia para aquisição de tecnologia. “A cidade inteligente é ambientalmente sustentável e traz pontos de como fazer o desenvolvimento econômico, o desenvolvimento ambiental, o desenvolvimento urbano sustentável, de uma maneira interligada que resulte na redução das desigualdades, melhoria da qualidade de vida e outros aspectos para facilitar a vida de gestores públicos”.
Para o presidente da Comissão, vereador Marlon Luz (MDB), as apresentações trouxeram informações importantes. “A cidade inteligente não vem apenas pelo conceito da tecnologia em si, ou pela questão da conectividade, e sim para oferecer um melhor serviço, de qualidade pro munícipe, para o cidadão. Temos que trazer essa visibilidade, o que tem sido feito na União, pra gente direcionar melhor os estudos dessa Comissão”. E concluiu. “A ideia é a de incluir algumas propostas no Plano Diretor Estratégico – PDE – por exemplo”.
Também participaram dos trabalhos desta segunda os vereadores André Santos (REPUBLICANOS) e Thammy Miranda (PL). Confira a íntegra da reunião no vídeo abaixo: