Os dados nacionais mostram que somente nas escolas regulares estão matriculados hoje 385 mil crianças com alguma deficiência, outras 342 mil estudam em escolas especiais. Diante destes números, especialistas debateram na Câmara Municipal, nesta quarta-feira (14/04), como atender esta demanda no País e na capital paulista. Pela primeira vez, a cidade celebra o Dia Municipal em Defesa da Educação Inclusiva, cuja data foi instituída pela Lei 15.034, de iniciativa do vereador Floriano Pesaro (PSDB). A Sessão Solene, realizada no Plenário 1º de Maio, reuniu especialistas para discutir as diversas possibilidades para uma educação inclusiva. “Comemorar esta data significa incluir este tema na agenda política da cidade, em consonância com as ações do Sistema Conselho de Psicologia”, ressalta o vereador Floriano Pesaro. Para o parlamentar, “a inclusão passa por uma boa infraestrutura das escolas, pela metodologia de ensino, pelos professores capacitados e especializados para atender esta demanda. E os números retratam o tamanho do desafio: 96% dos professores declaram-se despreparados para a inclusão.” A vereadora Mara Gabrilli (PSDB) ressaltou a importância da discussão: “Desejamos que, em um futuro próximo, eventos como esse não sejam mais necessários, já que o planejamento pedagógico de cada escola atenderá às necessidades e possibilidades de cada aluno e assim, teremos uma educação mais condizente com as necessidades do nosso tempo”, completou. Dividido em temas, a primeira mesa discutiu os Desafios da Educação, e contou com a palestra dos psicólogos Lino Macedo e Maria Cristina Kupfer. Neivaldo Zovico, surdo, deu seu testemunho e comentou que o “ideal seria uma escola bilíngue, para a educação inclusiva de surdos.” Logo em seguida, debateram As Experiências Escolares. A mesa contou com Silvana Drago, representando a Secretaria de Educação; Maria Elizabete da Costa, diretora do CAPE/Serviço de Educação Especial da Secretaria Estadual de Educação; e Claudinei Radica, da EMTU. |