André Moura / CMSP No período da tarde do lançamento da Bancada da Educação, na Câmara Municipal de São Paulo, as rodas de conversa se concentraram na qualidade do ensino nas escolas, no uso das novas tecnologias e na comunicação em rede. Grupo nascido da sociedade civil, suprapartidário, a bancada pretende mobilizar as várias esferas do Legislativo para uma atuação em prol do ensino.
Membro fundadora da Bancada da Educação, a socióloga Gilda Portugal Gouvêa, doutora em Ciências Sociais, da UNICAMP (Universidade Estadual de Campinas), participou da discussão sobre a universalização da educação. “Em minha opinião, a universalização da educação infantil e da pré-escola só vai acontecer no Brasil com a definição da política de Estado nos níveis da União, dos estados e dos municípios, além das contribuições das organizações sociais”, disse Gilda.
Mônica Gardelli Franco, superintendente do CENPEC (Centro de Estudos e Pesquisas em Educação, Cultura e Ação Comunitária), organização que trabalha com educação há 30 anos, defendeu o uso dos recursos tecnológicos no ensino, sem descuidar das Ciências Humanas. “Precisamos fazer uso da educação e da formação nas redes, na tecnologia. Mas nunca nos esquecermos de que o componente ético deve sempre permear nossas decisões”, afirmou Mônica.
Professora da pós-graduação da Faculdade de Odontologia da USP (Universidade de São Paulo), Ana Estela Haddad enfatizou a importância do debate sobre a educação no país. “É muito importante termos esse espaço para a educação, para que a gente possa falar das coisas positivas que aconteceram até aqui, especialmente no momento que vive o país”, disse Ana Estela.
A vereadora Janaína Lima (NOVO) também esteve presente no lançamento da bancada. “O que a gente faz agora para nossas crianças será o que elas farão com a sociedade no dia de amanhã. E como nós estamos educando nossas crianças?”, questionou.
