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A educação ambiental foi apontada por especialistas e professores como uma das saídas para que a capital paulista se torne uma cidade sustentável. A necessidade de estimular a preocupação das pessoas com o meio ambiente foi defendida nesta segunda-feira durante o segundo dia do ciclo de debates Pensando São Paulo, promovido pela Escola do Parlamento.
Sobre o tema Meio Ambiente – Cidade Sustentável, os especialistas apontaram, além da educação ambiental, a necessidade de se pensar em políticas públicas voltadas para esse tema, a implantação de mais áreas verdes no município e uma regulamentação e fiscalização maior em relação à ocupação do solo.
Para o responsável pelo Projeto da Escola do Futuro/Universidade de São Paulo (USP) Ivan Mello, existem basicamente duas maneiras de se promover a educação ambiental. Precisamos mudar a cultura da sociedade, ensinando as pessoas a preservarem a natureza. Para isso, podemos fazer ações preventivas, que no caso começariam com as crianças, que seriam ensinadas a reciclar o lixo, por exemplo. E a corretiva, que seria com adultos, que têm hábitos incorretos, defendeu. Mello disse ainda que mecanismos de coleta seletiva, em que a pessoa entrega o lixo em instituições que fazem reciclagem e recebem abatimentos em impostos, deveriam ser feitos na cidade.
A questão da ocupação do solo de maneira irregular foi apontada como um dos graves problemas de São Paulo. É o que explicou Illiucha Valle, diretor do Grupo DSGK, empresa de soluções sustentáveis. Quando as pessoas ocupam uma área de maneira incorreta, isso afeta, por exemplo, a estrutura das residências e a água da cidade. É necessário que o Estado faça essa regulamentação e tenha uma fiscalização maior, e para isso já existem vários tipos de certificados para atestar que a área foi ocupada de maneira correta, disse.
Maurício Piragino, diretor da Escola de Governo e da rede Nossa São Paulo, destacou que a criação de políticas públicas é fundamental para uma cidade sustentável. No entanto, segundo ele, os projetos voltados para o meio ambiente costumam ter algumas falhas. Os gestores, quando pensam em criar uma lei, devem levar em consideração se ela é inclusiva, planejada, participativa, descentralizada e justa, apontou.
Já a arquiteta e professora da Universidade Mackenzie Pérola Felipette Brocanelli defendeu a implantação de mais parques espalhados pela cidade. Esses espaços melhorariam a qualidade de vida da população, porque eles ajudariam na umidificação e refrigeração do ar, no turismo, gerariam empregos e ainda ajudariam a evitar as cheias dos rios, justificou.
A utilização do plástico, que muitas vezes é visto como um vilão do meio ambiente, também foi debatida pelos especialistas. De acordo com Tamas Vero, empresário de embalagens com foco na sustentabilidade, a melhor forma de resolver a questão do plástico é por meio da biodegradação. Esse processo, que deveria acontecer em aterros sanitários, geraria húmus, o que aumentaria a vida útil do local, água e biogás, capaz de gerar energia para o entorno, explicou. Vero ainda acrescentou que qualquer política pública apresentada por gestores públicos deve ser economicamente viável. Não se pode impor uma solução para o mercado que não será bem aceita pela população.
PENSANDO SÃO PAULO
O objetivo do evento, com nove encontros, é discutir soluções para os principais problemas da capital paulista. O ciclo de debates é gratuito e quem quiser participar das discussões no Plenário da Câmara poderá se inscrever no link Eventos e Cursos. Para mais informações, envie e-mail para escoladoparlamento@saopaulo.sp.leg.br.
Os debates, que ao final resultarão em um livro que será entregue ao próximo prefeito, também são transmitidos pela internet através do link Auditórios Online.
Confira entrevista:
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Veja a programação do Ciclo de Debates Pensando São Paulo:
10/09/2012: Inclusão Acessibilidade/Inclusão da Pessoa com Deficiência
Local: Plenário 1º de Maio
Horário: 14h às 17h
14/09/2012: Habitação Revitalização do Centro
Local: Plenário 1º de Maio
Horário: 14h às 17h
17/09/2012: Saúde, Segurança e Assistência Social Drogadição
Local: Plenário 1º de Maio
Horário: 14h às 17h
21/09/2012: São Paulo, Cidade Global Grandes eventos, investimentos e atuação internacional
Local: Plenário 1º de Maio
Horário: 14h às 17h
24/09/2012: Educação Indicadores de alfabetização
Local: Plenário 1º de Maio
Horário: 14h às 17h
28/09/2012: Gestão Participativa, Transparência e Acesso à Informação
Local: Plenário 1º de Maio
Horário: 14h às 17h
01/10/2012: Mobilidade Propostas
Local: Plenário 1º de Maio
Horário: 14h às 17h