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Especialistas discutem propostas para a mobilidade

1 de outubro de 2012 - 18:22

RenattodSousa

A Câmara Municipal de São Paulo recebeu nesta terça-feira a última edição do ciclo de debates Pensando São Paulo, criado com objetivo de estimular a discussão de assuntos relevantes para a Capital.

Nesta edição, especialistas em mobilidade urbana discutiram propostas para melhorar o trânsito da cidade. Poucas linhas de metrô e pouco conforto para usuários e operadores do transporte público foram alguns dos principais problemas expostos pelos debatedores, que defenderam, entre outras ações, a ampliação do sistema metroviário.

Embora não seja responsabilidade direta do município, o prefeito precisa liderar a sociedade no sentido de mobilizar todas as esferas de governo. Precisamos de mais de 180 km de metrô nos próximos 12 anos, afirmou Getúlio Hanashiro, ex-secretário municipal de Transportes (1993-1996).

Para Lúcio Gregori, também ex-secretário de Transportes (gestão Erundina), aumentar a fluidez no trânsito está relacionado a tornar o transporte coletivo mais competitivo em relação ao transporte particular, incluindo também a gratuidade de alguns sistemas. O transporte coletivo precisaria ser rápido, confortável, seguro e barato, afirmou.

Gregori também defendeu a elaboração de um Código Municipal do Transporte Coletivo, que deveria ser produzido pelo Executivo, discutido e aprovado pelos vereadores, contendo normas como faixas exclusivas em ruas com determinado número de usuários de transporte coletivo, número máximo de cinco pessoas por metro quadrado no transporte público, limite de decibéis no interior dos veículos e mais publicidade para o transporte público, uma vez, que, na opinião dele, a publicidade para o automóvel particular é bastante comum.

Automóvel é tinta, borracha, vidro, uma engrenagem gigantesca. Tem sua importância na economia e na vida das pessoas, mas isso não impede que as pessoas usem transporte público. É insano pensar que, de madrugada, passando mal, vou pegar um ônibus, mas não podemos confundir as funções de cada tipo de transporte. O problema a ser enfrentado é oferecer transporte coletivo de qualidade, afirmou.

O quadro atual de mobilidade urbana na Capital é, segundo o especialista, resultado de uma construção de cerca de 100 anos, estimulado pela especulação imobiliária e pelo incentivo ao transporte individual, que precisa ser resolvido a partir da definição de objetivos. Temos que desenvolver metas de desempenho, por meio de uma legislação robusta. Para chegarmos a uma rede de metrô como a de Paris levaria cerca de cem anos. Não que não tenhamos que fazer, mas precisamos também de soluções rápidas, cobrou.

Dirce Bertan de Freitas, urbanista e socióloga, técnica da Empresa Paulista de Planejamento Metropolitano e Professora do Centro Estadual de Educação Tecnológico Paula Souza, afirmou ser necessário unir esforços de todos os municípios da região metropolitana em prol da mobilidade. Ela também lembrou a importância de tornar cada cidadão consciente quanto à sua responsabilidade em relação ao trânsito. Todo motoristo precisa reconhecer que o sistema está saturado. Ainda que eu tenha um carro de luxo, não poderei passar por cima do carro velho. Temos que quebrar o paradigma de que os carros precisam circular. São as pessoas que precisam circular, afirmou.

Já Lincoln Paiva, diretor da consultoria Green Mobility e diretor-presidente da ONG Mobilidade Verde, cobrou vontade política dos governantes e lembrou que os problemas de mobilidade urbana são os mais previsíveis, pois estão ligados às questões econômicas do país.

No próximo dia 14 de dezembro, a Câmara será sede do lançamento oficial do livro originado a partir do ciclo de debates Pensando São Paulo. A edição, contendo as sugestões de todos os debatedores do ciclo, será entregue aos novos prefeito e vereadores da cidade.

Confira entrevista em vídeo:

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(01/10/2012 18h20)

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