Em coletiva de imprensa na tarde desta quarta-feira (26/1), o Governo do Estado de São Paulo anunciou que ativará, nos próximos dez dias, 700 novos leitos exclusivos para atendimentos Covid-19 na rede hospitalar estadual.
A notícia foi dada pelo governador João Doria (PSDB), que justificou a decisão baseada no aumento das hospitalizações de pacientes com coronavírus. “Os leitos serão abertos em hospitais estaduais de todas as regiões de São Paulo. Neste momento, o foco da ampliação da rede estadual de saúde está nos leitos de enfermaria já que, por conta dos elevados índices de vacinação aqui no Estado de São Paulo, nós temos tido um agravamento menor da doença”, declarou Doria.
Dos leitos abertos, 266 serão de UTI (Unidade de Terapia Intensiva) e 434 de enfermaria. Todos estarão espalhados pela capital paulista, Grande São Paulo e interior, de acordo com a demanda levantada em mapeamento.
Ainda falando sobre o Estado, São Paulo ultrapassou, nesta quarta-feira (26/1) a marca de meio milhão de crianças de 5 a 11 anos de idade vacinadas contra a Covid-19. Com este número, 12% das crianças paulistas nesta faixa etária já receberam pelo menos a primeira dose de imunizantes.
A vacinação infantil segue ritmo acelerado após a aprovação do imunizante Coronavac. A meta é que todas as 4,3 milhões de crianças do Estado recebam a dose inicial em até três semanas.
Na capital paulista, a Prefeitura anunciou na terça-feira (25/1) que vai seguir as orientações do Instituto Butantan e ampliar para 28 dias o retorno da segunda dose de Coronavac para crianças de 6 a 11 anos na capital. No caso da Pfizer, o intervalo entre as doses é de 56 dias ou 8 semanas.
Além de falar sobre os prazos, a Secretaria Municipal da Saúde respondeu, em seu site oficial, nove dúvidas sobre a vacina pediátrica. Confira aqui.
Mais sobre o novo coronavírus 1
De acordo com o boletim diário mais recente publicado pela Secretaria Municipal de Saúde de São Paulo sobre a pandemia do novo coronavírus, até esta quarta (26/1), a capital paulista totalizava 39.926 vítimas da Covid-19. Havia, ainda, 1.720.903 casos confirmados de infecções pelo novo coronavírus.
Abaixo, gráfico detalhado sobre os índices da Covid-19 na cidade de São Paulo.
Em relação ao sistema público de saúde, os dados mais recentes mostram que a taxa de ocupação de leitos de UTI (Unidade de Terapia Intensiva) destinados ao atendimento de pacientes com Covid-19 na região metropolitana de São Paulo, nesta quarta-feira (26/1), é de 73,4%.
Já a ocupação de leitos de enfermaria está em 78%. No Estado, a taxa de ocupação em UTIs está em 68,7% e em 69,1% em leitos de enfermaria. Os dados são da Secretaria Estadual de Saúde.
Atuação no município
Em conjunto com a Secretaria Municipal de Saúde do Rio Janeiro, a Secretaria Municipal de Saúde de São Paulo emitiu, na última sexta-feira (21/1), uma nota onde recomenda o adiamento do Carnaval para abril.
As pastas justificaram a indicação apresentando números que evidenciam a alta de casos de Covid-19 provocados pela variante Ômicron nas duas cidades.
“Os dados apontam que, na semana 51/2021, foram confirmados 9.476 casos de Covid em São Paulo e 1.113 casos no Rio de Janeiro; na semana 52 foram 18.513 casos confirmados em São Paulo e no Rio, 9.752; na semana 01/2022, 40.979 casos em São Paulo e 50.857 no Rio, caracterizando crescimento intenso na curva de casos”, explica o comunicado.
Ainda de acordo com as autoridades das duas metrópoles, pelo padrão da variante Ômicron estabelecido até o momento, em abril o cenário epidemiológico deve ser mais seguro.
Mais sobre o novo coronavírus 2
O Ministério da Saúde enviou para a Anvisa (Agência Nacional de Vigilância Sanitária) na última terça-feira (25/1) informações sobre a política pública para implementação dos autotestes de diagnóstico de Covid-19.
A Anvisa não deu prazo para resposta, mas garantiu que a deliberação deve sair no menor tempo possível, já que tanto o Ministério quanto a agência acreditam que os autotestes serão ferramentas importantes para diagnóstico e tratamento da doença.
A liberação de autotestes foi solicitada à Anvisa no dia 13. Na semana passada, a agência adiou a decisão e pediu dados sobre como os testes seriam usados por pacientes leigos e como será feita a notificação dos resultados à Rede Nacional de Dados em Saúde do governo federal. Uma portaria do Ministério da Saúde determina que notificações de casos de Covid-19 são compulsórias.
Mais sobre o novo coronavírus 3
O Ministério da Saúde publicou uma portaria com atualizações das medidas de prevenção da Covid-19 em ambientes de trabalho. De acordo com o documento, publicado na última terça (25/1) o prazo de afastamento dos trabalhadores com casos confirmados do novo coronavírus, suspeitos ou que tiveram contato com casos suspeitos diminui de 15 para dez dias.
Assinado em conjunto com o Ministério do Trabalho e Previdência, o documento diz ainda que o período de afastamento pode ser reduzido para sete dias, caso o funcionário apresente resultado negativo em teste RT-PCR ou teste de antígeno a partir do quinto dia após o contato. O mesmo prazo vale para os casos suspeitos, desde que o trabalhador esteja sem apresentar febre há 24 horas e com melhora de sintomas respiratórios.
Até o momento, a indicação do governo federal era de que o trabalho remoto deveria ser o formato priorizado. Agora, a adoção do trabalho remoto como uma medida alternativa para evitar a contaminação, a critério do empregador.
As empresas devem ainda disponibilizar recursos para a higienização das mãos próximos aos locais de trabalho.
*Ouça aqui a versão podcast do boletim Coronavírus desta quarta-feira
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