Um estudo realizado a pedido da Presidência da Câmara Municipal de São Paulo constatou problemas de acessibilidade no entorno do prédio do Legislativo paulistano. Foram analisadas as condições das calçadas, das rampas e da sinalização para portadores de deficiências motoras, auditivas e visuais que precisam se dirigir à sede do parlamento.
A responsável pelos estudos foi a arquiteta e supervisora da Assessoria e Consultoria de Urbanismo e Meio Ambiente da Câmara, Vilma Mendonça. Para elaborar o levantamento, ela analisou os trechos a partir das estações de Metrô Anhangabau, Sé, Liberdade e República, além do terminal de ônibus Bandeira.
“Em 15 dias andei pelas principais vias de acesso até a Câmara e fotografei os pontos mais críticos. Os principais problemas são as irregularidades nas calçadas e a falta de semáforos dotados de temporizador e alertas sonoros e de faixas guias nas calçadas”, explicou Vilma.
A ideia, a partir desse estudo, é elaborar um Projeto de Acessibilidade e discuti-lo junto ao Executivo. De acordo com o presidente José Police Neto, “o diagnóstico feito pela equipe técnica da Câmara mostra que não há acesso universal ao prédio do parlamento”. “Vamos enfrentar e tratar este problema com um Plano de Universalização do Acesso à Câmara Municipal”, comentou.
Ainda segundo Police Neto, “uma das iniciativas é buscar um tratamento às calçadas no entorno do prédio do Parlamento, solução semelhante à que foi aplicada nas calçadas da região da Avenida Paulista”.
Para Vilma, essa ação é fundamental para a sociedade. “A Câmara é um espaço no qual o cidadão tem voz nas decisões do poder público. Quando ele tem o acesso limitado até o local, também deixa de ter o direito de decidir junto àqueles a quem elegeu, afirmou.