RenattodSousa/CMSP
Marina afirmou que o grupo pretende ser instrumento de uma política inovadora em um mundo que considera em crise. Estamos vivenciando a fragmentação de um sistema que aos poucos foi se transformando em um projeto de poder pelo poder e dinheiro pelo dinheiro, declarou a ativista, que foi terceira colocada nas eleições presidenciais de 2010.
A Rede Sustentabilidade se autodenomina um movimento aberto, autônomo e suprapartidário. Em seu manifesto, elenca entre seus princípios a possibilidade de candidaturas independentes, sem a exigência de filiação partidária, a renovação de lideranças políticas, com limitação a uma reeleição de mandatos parlamentares.
Outro ponto de diferenciação da política tradicional seria a participação direta dos filiados nas decisões políticas e o diálogo com a sociedade, com ampla utilização de consultas públicas e da participação direta possibilitada pelas novas tecnologias.
Marina enfatizou que a nova política é realmente nova, e não um rótulo eleitoreiro. A ideia da rede não é ser um nome fantasia. É porque isso está acontecendo na realidade, o mundo mudou, a forma de fazer política está mudando.
O grupo também é a favor do financiamento público de campanha e de um teto para doações por pessoas físicas e jurídicas. Um dos pontos ainda em discussão é que o novo partido não receba doações de empresas consideradas inidôeas e das indústrias do tabaco, de armas e bebidas.
O vereador Ricardo Young (PPS), que faz parte da Comissão Nacional Provisória da Rede, acredita que as principais virtudes da nova política estão no estabelecimento de limites éticos bem definidos para a atuação do grupo, a democracia interna e o uso das redes sociais no processo político.
Para o deputado federal Walter Feldman (PSDB), também membro da Comissão Nacional Provisória, esses são anseios da maioria dos cidadãos brasileiros, e daí pode vir a força do novo partido. A Rede se esforça para interpretar a visão da sociedade sobre a política. Todas as pesquisas revelam que os partidos estão em descrédito, os políticos não sendo respeitados como agentes de representação, afirmou o deputado. É muito possível que esse partido seja o que a sociedade quer para um novo momento político.
Também compareceram ao evento os vereadores Natalini (PV) e Marco Aurélio Cunha (PSD). Os dois destacaram que participaram do evento por consideração à figura de Marina Silva e por acreditar que a Rede Sustentabilidade pode ter um papel relevante no futuro político do país. (Da Redação)
RenattodSousa/CMSP
(14/03/2013 21h15)