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Ex-presidente da Sabesp: não era possível prever seca tão severa

Por: - DA REDAÇÃO

5 de novembro de 2014 - 19:59

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Ex-presidente da Sabesp, Gesner Oliveira

Foto: Luiz França / CMSP

A CPI (Comissão Parlamentar de Inquérito) que estuda o contrato entre a prefeitura e a Sabesp recebeu na reunião desta quarta-feira (05/11) o ex-presidente da Sabesp da gestão 2007/2010. Gesner de Oliveira e o diretor-presidente da Agência Nacional de Águas (ANA), Vicente Andreu Guillo.

Oliveira disse que a seca sem precedentes é a grande motivadora da atual crise hídrica em toda região Sudeste do país e que, apesar do salto brutal em investimentos que a companhia praticou desde 2007, atingindo mais de R$ 2 bilhões, não era possível prever essa crise. Demonstramos claramente, e os números comprovam, que nem os melhores centros de previsão do país poderiam prever tanta severidade na seca, que alias não é só sobre São Paulo. Não seria possível prever tamanha intensidade, disse.

Para ele, a medida adotada pela Sabesp — de usar água da reserva técnica, o chamado volume morto — foi a medida mais inteligente a ser tomada para evitar o racionamento. E ainda destacou que a crise deve servir de lição à população e ao governo.  É uma lição fundamental essa situação para a sociedade e para as diferentes esferas do governo federal, estadual e municipal de que é preciso pensar no futuro da água. Precisamos pensar na reciclagem da água, na água de reuso, na redução de perdas, enfim, precisamos várias propostas nesse sentido, afirmou.

O presidente da Agência Nacional de Águas defendeu obras de transposição como solução a curto prazo. Nós acreditamos em duas soluções técnicas, uma delas inclusive em fase de conclusão e que deve atender também a região metropolitana, que é a transposição do Rio Paraíba do Sul, uma obra pequena perto do volume disponível no fluxo do rio. A outra é o oferecimento ao Rio de Janeiro de arranjos para construções de bacias nas áreas mananciais do Paraíba do Sul, trazendo uma maior segurança hidrográfica da região, disse.

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Presidente da Agência Nacional de Águas (ANA),
Vicente Andreu Guillo

Foto: Luiz França / CMSP

O vereador Nelo Rodolfo (PMDB) questionou a declaração de Andreu sobre a utilização do volume morto pela Sabesp, feita no mês passado.  Ele disse que era mais fácil o Palmeiras ganhar o Campeonato Brasileiro do que o plano da Sabesp para usar a segunda cota do volume morto do Sistema Cantareira dar certo. Sobre essa declaração, eu peço desculpas e afirmo ter sido uma frase infeliz dita a um grupo de amigos. Um repórter que estava ao lado ouviu e publicou. Mas em relação aos primeiros relatórios apresentados pela Sabesp, eu mantenho a critica de que não tinha nenhum embasamento técnico consistente que desse segurança sobre a medida, respondeu.

O presidente da CPI, vereador Laercio Benko (PHS) avaliou os esclarecimentos dos executivos como propositivos e claros, mas acredita que a discussão se direciona

 para o âmbito político. O povo não quer saber de quem é a responsabilidade ou de ataques entre os governos, querem ter o serviço. Não se investiu em novos abastecimentos de água em São Paulo, não se investiu no combate ao desperdício, poderiam ter sido instalados os hidrômetros individualizados, mas ate agora nada foi feito, afirmou Benko.

O superintendente da Sabesp, Marcello Xavier Veiga, e o superintendente do Departamento de Águas e Energia Elétrica (DAEE), Alceu Segamarchi Júnior, serão ouvidos pelos vereadores na próxima reunião da CPI. Foi convocado também para prestar esclarecimentos o secretário de Energia, Recursos Hídricos e Saneamento do Estado de São Paulo, Mauro Arce.

(05/11/2014 – 17h52)

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