RenattodSousa/CMSP
Para o engenheiro Lucio Gregori, secretário municipal de transportes durante a gestão Luiza Erundina, os vereadores da cidade deveriam criar um código de transportes que obrigasse o governo a atender padrões mínimos de qualidade nos serviços de mobilidade urbana.
Ainda existem ônibus encaroçados em chassis de caminhão rodando na cidade, isso é pré-histórico. Hoje em dia nem galinhas ou porcos são transportados assim, criticou Gregori.
As falas do engenheiro ocorreram nesta segunda (27/5) durante um ato-debate contra o aumento da tarifa dos transportes coletivos na cidade. O evento, promovido pelo mandato do vereador Toninho Vespoli (PSOL), contou com a participação do ex-secretário, de militantes do partido e do Movimento Passe Livre (MPL), que luta pela gratuidade no transporte público.
A Prefeitura e o Governo do Estado anunciaram na última semana que as passagens dos ônibus e do metrô subirão de R$ 3,00 para R$ 3,20 a partir do próximo mês. O reajuste ficou abaixo da inflação, em parte graças à intervenção do Governo Federal, que isentou do pagamento de PIS e Cofins as empresas do setor.
Durante sua passagem pela Secretaria de Transportes, Gregori defendeu uma política de tarifa zero, que consistia em repassar ao máximo os custos com o transporte coletivo para o Estado, através de subsídios.É o conjunto da sociedade, sim, que tem que pagar pela mobilidade da população, afirmou o engenheiro durante o debate. Mas que paguem mais aqueles que mais se beneficiam com isso: as indústrias, o comércio, os bancos. Isso se faz com política tributária, cobrando mais de quem pode pagar mais.
Já Vespoli criticou a prefeitura por declarar que um novo reajuste deve acontecer em 2014. Segundo estudos da minha assessoria, as isenções irão gerar uma economia de R$ 0,20 por passageiro. Por que então se fala em um aumento para R$ 3,40 no ano que vem, indagou o parlamentar.
(27/05/2013 – 21h27)