Luiz França / CMSP
A CPI do Transporte Coletivo recebeu nesta quinta-feira (7/11) José Carlos Martinelli, engenheiro de uma das empresas que opera a bilhetagem eletrônica em São Paulo, a Prodata. Ele foi questionado a respeito de possíveis benefícios que a empresa teria tido por conta dos seus contatos no Executivo.
Considero absolutamente normal minha contratação pela Prodata. Fui funcionário celetista na SPTrans e trabalho em empresa que foi parceira da SPTrans por muitos anos, defendeu-se. Quando eu estava na SPTrans os dois fornecedores de validadores (Prodata e Digicon) já estavam homologados, assim permaneceram e continuam até hoje, completou.
A Prodata fornece validadores para cerca de 95% da frota de ônibus da cidade de São Paulo. Já a Digicon é responsável pelo sistema que processa as informações dos validadores e garagens.
Questionado a respeito de fraudes no sistema, ele disse que as poucas que ocorreram foram solucionadas. Nunca vi nenhum indício de fraude no sistema de bilhetagem, apenas aquelas de comportamento do usuário, como passageiros que passavam o cartão pela janela do ônibus, observou.
O presidente da CPI, vereador Paulo Fiorilo (PT), também buscou com Martinelli esclarecimentos do valor que é cobrado pelas empresas para a manutenção dos validadores. O parlamentar observou que, embora nas planilhas conste R$39 por equipamento, a Prodata cobra R$29 pelo serviço. Sobre isso, Martinelli disse que a Prodata não influencia o que é relatado na planilha de custos. Ele disse ainda que a planilha reflete com absoluta fidelidade o que eles acreditam que seja os custos do transporte, mas como todo modelo, não é um espelho perfeito.
Para Fiorilo, todos os fatores que compõem a planilha podem ter equívocos. Temos aqui o caso do validador, mas podem ter outros no diesel, por exemplo, disse.
(07/11/2013 15h47)