A Câmara Municipal de São Paulo realizou nesta segunda-feira uma audiência pública temática para debater a Proposta Orçamentária de 2012 para a Secretaria Municipal de Transportes, o Fundo Municipal de Desenvolvimento de Trânsito, a SPTrans e a Companhia de Engenharia de Tráfego (CET).
Durante a reunião, o secretário-adjunto de Transportes, Pedro Luiz de Brito Machado, foi questionado em relação à construção de ciclovias e de corredores de ônibus, o aumento das tarifas e a segurança no trânsito. “Na Zona Leste será construído um corredor de ônibus que ligará a Radial Leste até a Avenida Aricanduva. Obras de melhorias no corredor Rebouças/Centro também serão priorizadas”, afirmou.
Para 2012, o Orçamento estimado da Secretaria é de cerca de R$ 1,180 bilhão. Nessa previsão, além de obras de melhorias do sistema viário, também está programado o reforço do Atende serviço de transporte gratuito para deficientes físicos. “Hoje fazemos 114 mil atendimentos por mês, e em 2011 foram destinados R$ 38 milhões para o Atende. No entanto, a nossa demanda é grande e o nosso objetivo é aumentar os recursos para o serviço”, disse Machado.
O relator da Proposta Orçamentária na Câmara, vereador Milton Leite (DEM), garantiu que “a Casa trabalhará para que os recursos para o Atende sejam aumentados” e afirmou que “os vereadores farão o possível para que o orçamento para a construção de ciclovias, corredores e terminais de ônibus seja maior porque são obras prioritárias para a população”.
Já o presidente da Comissão de Trânsito, Transporte, Atividade Econômica, Turismo, Lazer e Gastronomia, vereador Gilson Barreto (PSDB), criticou a falta de estrutura nos terminais de ônibus para motoristas e cobradores. “É necessário cobrar das empresas responsáveis pelo transporte público que se construam pelo menos banheiros nos terminais de ônibus para que os trabalhadores possam utilizá-los”, declarou.
Também presente à audiência pública, Maurício Broinizi Pereira, coordenador da Secretaria Executiva do Movimento Nossa São Paulo, classificou como “vergonhosa” a apresentação da Proposta Orçamentária do Executivo. “No projeto não é possível entender onde serão feitos os investimento. Não sabemos quais são as prioridades para a cidade. Onde está o estudo que mostra quais são os principais estrangulamentos enfrentados pelas 31 subprefeituras”, questionou Pereira.
(07/11/2011 – 15h11)