O relatório apresentado pela Comissão Parlamentar de Inquérito (CPI) da Exploração Sexual Infantil defende a necessidade da criação de um órgão que centralize e articule todas as ações sobre o tema. O trabalho dos vereadores para investigar o abuso de crianças e adolescentes é destaque em uma das reportagens do mês da revista Apartes.
De acordo com o relatório da CPI, a Secretaria Municipal de Direitos Humanos e Cidadania deveria passar a ser responsável pelo enfrentamento e combate à exploração sexual infantil. Os depoimentos destacados na reportagem da revista Apartes revelam que as próprias pessoas que trabalham com assistência social não sabem o que fazer quando se deparam com supostos casos de abuso.
É o que contou a supervisora na regional Vila Maria e Vila Guilherme da Secretaria Municipal de Assistência e Desenvolvimento Social, Iria de Nazaré Pinto, que descreveu aos vereadores da CPI que sua equipe presenciou o caso de uma provável negociação de programa sexual entre uma garota e um caminhoneiro na Companhia de Entrepostos e Armazéns Gerais de São Paulo (Ceagesp), e, no entanto, não denunciou a polícia.
Os abrigos também foram apontados pelos conselheiros tutelares como locais onde ocorrem exploração sexual infantil.
O relatório da CPI foi entregue ao prefeito de São Paulo, Fernando Haddad, ao Ministério Público e à Procuradoria-Geral de Justiça.
Veja aqui a reportagem completa.
(25/2/2014 – 12h57)