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Falta de água poderia ter sido evitada, defendem vereadores

22 de maio de 2014 - 15:23

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Vereadores de partidos diferentes da Câmara Municipal de São Paulo foram unânimes ao dizer que o baixo nível de água no Sistema Cantareira poderia ter sido evitado se os governos municipal, estadual e federal tivessem se planejado, desenvolvido ações para captar recursos por outros meios e promovido campanhas de conscientização com a população.

Para o vereador Paulo Fiorilo (PT), o fato de haver uma previsão de que passaríamos por um período de seca já era motivo suficiente para que o governo estadual fizesse mais investimentos. Nada foi feito pelo governador Geraldo Alckmin e chegamos a um ponto crítico do Sistema Cantareira, que pode levar ao esvaziamento e até mesmo ao fim do sistema, afirmou.

O uso da reserva estratégica do Sistema Cantareira, o chamado volume morto, que começou a ser utilizado na quinta-feira (15/5) e elevou o nível do reservatório de 8,2% para 26,7% da capacidade total, foi contestada por Fiorilo. Estamos tirando água de uma parte que não usávamos e isso levará o sistema ao colapso, com certeza. Sem contar que a falta de investimento necessário fez com que se gastasse R$ 80 milhões às pressas para retirar essa água, declarou.

O vereador Ricardo Nunes (PMDB) chamou a atenção para o fato de a Sabesp (Companhia de Saneamento Básico do Estado de São Paulo) destinar mais dinheiro para os acionistas do que para melhorias no trabalho que oferece para a população. Entre 2003 e 2013, cerca de um terço do lucro líquido total foi repassado para os acionistas. O total é de R$ 4,3 bilhões, o dobro do que a empresa investe anualmente em saneamento básico. A Sabesp divide R$ 5 bilhões em dividendos, em detrimento de investimentos em reservatórios e obras para reparar vazamentos, o que evitaria o desperdício na rede de distribuição, afirmou.

Montagem: Rodolfo Blancato
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Em sentido horário: Paulo Fiorilo (PT), Ricardo Nunes (PSDB), Aurélio Nomura (PSDB) e Laércio Benko (PHS). Todos concordam que falta de água é resultado do descaso do governo 

CPI
O contrato de prestação de serviços da Sabesp com a prefeitura é alvo de investigação de uma CPI (Comissão Parlamentar de Inquérito) que foi protocolada mas ainda não aprovada na Câmara Municipal. A proposta, de autoria do vereador Laércio Benko (PHS), ainda está sendo discutida entre os parlamentares.

O nosso objetivo é verificar o cumprimento das cláusulas contratuais do contrato, em especial o investimento na manutenção das redes de distribuição, a qualidade da água e a regularidade de sua distribuição, explicou o parlamentar. Para Benko, o governo estadual foi omisso no abastecimento. O racionamento deveria já ter sido iniciado. Quando o sistema transbordava, por causa da abundância de chuvas, não houve planejamento para uma eventual estiagem, e hoje estamos com falta de água, afirmou.

Autor do projeto de lei que resultou na criação do Programa Municipal de Conservação e Uso Racional de Água e Reuso em Edificações, regulamentada em 2005 pelo então prefeito José Serra (PSDB), o vereador Aurélio Nomura (PSDB) acredita que houve omissão das três esferas do governo. No nível municipal seria necessário implantar medidas para o uso racional de água. Já o Estado não fez as obras necessárias e não foi buscar alternativas para conseguir água. E a ANA (Agência Nacional de Águas) deveria ter acompanhado melhor a situação e proposto algumas medidas, avaliou Nomura.

O parlamentar também criticou a falta de campanhas de conscientização. Até as que existiam pararam de ser feitas. Nós precisamos agora fazer uma campanha maciça e um trabalho educativo com a sociedade para conseguir economizar água, acrescentou. (Kátia Kazedani)

Saiba Mais:

– Falta de água é consequência de má administração, diz professor
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(22/05/2014 – 12h19)

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