Nesta quarta-feira (11/12), a Comissão de Saúde, Promoção Social, Trabalho e Mulher discutiu a dificuldade que munícipes em tratamento contra o câncer enfrentam para ter acesso a sessões de radioterapia.
Devido ao pequeno número de aparelhos disponíveis pelo SUS (Sistema Único de Saúde) na capital paulista, os pacientes têm procurado o serviço em cidades vizinhas – como Guarulhos, na Grande São Paulo.
De acordo com o vereador Celso Giannazi (PSOL), o problema se agravou ainda mais com a falta de investimentos no Hospital do Servidor Público Municipal, que também não oferece o tratamento com radioterapia. Segundo Giannazi, que tem acompanhado a situação de servidores que precisam desse serviço, há quem leve quatro horas no trajeto para ir e voltar de São Paulo a Guarulhos.
Giannazi também relatou que há uma grande fila de espera, o que diminui as chances de cura, avalia o vereador:
“Esses servidores demoram de seis a oito meses para começar o tratamento, enquanto a legislação federal determina o início em até 60 dias após o diagnóstico. Isso é um atestado de óbito”, disse Giannazi, que cobrou medidas urgentes da Prefeitura de São Paulo.
O parlamentar anunciou, durante a Audiência Pública da comissão, que irá propor uma emenda à peça orçamentária de 2020, em debate na Câmara, com recursos específicos para a construção de um centro de radioterapia no Hospital do Servidor Público Municipal. Também pretende sugerir a celebração de contrato com algum hospital do município, em caráter emergencial, para suprir a demanda, até que o centro de radioterapia seja construído.
Durante a audiência, Selma Braga, moradora da Bela Vista, na região central, solicitou apoio da comissão para um problema sanitário no prédio onde reside. Segundo Selma, uma moradora possui cerca de 20 gatos no apartamento, mas, por problemas pessoais de saúde, perdeu a capacidade de cuidar dos animais:
“Prédios vizinhos já fizeram reclamações por causa do mau cheiro, e precisamos de uma intervenção porque a saúde da moradora está em risco”, argumentou Selma.
Ela também disse que já procurou outros órgãos públicos, mas não obteve ajuda.
Presidente da comissão, a vereadora Edir Sales (PSD) informou que o colegiado irá acompanhar o caso e solicitará apoio de outras entidades:
“Nós iremos fazer um requerimento para as autoridades competentes da saúde, vigilância sanitária e do CRAS [Centro de Referência de Assistência Social], porque realmente é uma situação muito grave”, disse Edir.
Também estiveram presentes à reunião a vereadora Noemi Nonato (PL) e o vereador Milton Ferreira (PODE).