A Comissão de Educação, Cultura e Esportes debateu nesta segunda-feira (17/6) as principais dificuldades para a instalação do campus da Universidade Federal de São Paulo (Unifesp) em Itaquera, Zona Leste da cidade. O principal desafio apontado pela reitora da instituição, Soraia Soubhi Smaili, é saber de onde virão os recursos para a reforma de um galpão já existente no local e para a construção de um novo espaço.
Segundo Soraia, o objetivo é iniciar os cursos de graduação até o segundo semestre do próximo ano. Nós temos todos os projeto, no entanto, precisamos ter clareza de onde virá a verba de R$ 1 milhão para a reforma do galpão e também precisamos de recursos humanos, sinalizou.
Outra dificuldade apresentada pela reitora durante a audiência pública é a falta do laudo da Secretaria do Verde e Meio Ambiente. Presente no debate, o secretário da pasta, Ricardo Teixeira (PV), garantiu que nos próximos 45 dias a Secretaria liberará o documento.
Já a secretária adjunta de Educação, Joane Vilela Pinto, ressaltou que a Prefeitura fará o que for possível para ajudar a Unifesp a iniciar seus trabalhos. A universidade federal na região é fundamental para que as pessoas que moram no bairro não precisem se deslocar para estudar e vamos fazer o possível para que isso aconteça o quanto antes, disse.
(RenattodSousa/CMSP)
O terreno onde será construído o campus da Unifesp é uma doação prevista no Projeto de Lei 96/2013, aprovado pela Câmara Municipal no início de abril e encaminhado à Prefeitura. A instalação de uma universidade federal ali era um sonho da população local. A Zona Leste precisa de educação e estamos muito felizes e com grandes expectativas com esse campus, afirmou o padre da Paróquia Nossa Senhora do Carmo, Paulo Sérgio Bezerra.
Já o padre Rosalvino Moran, da Paróquia Nossa Senhora Aparecida, destacou a mobilização da população da Zona Leste. Não tenho dúvidas que somos a região que mais se organiza para lutar pelo o que precisa. A conquista do espaço para esse campus foi uma luta nossa e hoje vemos que está saindo do papel, disse.
A vereadora Juliana Cardoso (PT) também relembrou a organização dos movimentos sociais. Essa é uma luta antiga da população e agora temos algo concreto. No entanto, precisamos ver o que precisa ser feito para que esse campus comece a funcionar o mais rápido possível, afirmou.
O presidente da Comissão de Educação, Cultura e Esportes, vereador Reis (PT), avaliou positivamente o debate desta segunda-feira e afirmou que os encaminhamentos necessários serão realizados. Ficou claro que a reitoria da Unifesp está com dificuldades para conseguir recursos para a reforma e também precisa da contratação de profissionais. Precisamos de mais articulação com o Governo Federal e Prefeitura para fazermos o quanto antes a implantação desse campus, sinalizou Reis.
(17/6 18:00)