Preocupada com a situação de seus associados e com o desenvolvimento da micro e pequena empresa na Região Metropolitana de São Paulo, a Fecomercio (Federação do Comércio de Bens, Serviços e Turismo do Estado) busca uma aproximação com o Parlamento Metropolitano para conseguir apoio às suas demandas. A entidade já criou, inclusive, seu próprio Conselho de Desenvolvimento para a região.
“Essa iniciativa dos vereadores é de suma importância para a manutenção do comércio e da renda de nossa região, além de permitir investimentos locais que desenvolvam a economia das cidades menores. Não é possível que alguém de Juquitiba, por exemplo, tenha de vir até a Santa Ifigênia, no centro de São Paulo, para comprar algo. Temos de incentivar a micro-empresa local, disse Mário Penhavares Baptista, diretor da Fecomercio.
Baptista esteve presente na Assembleia Legislativa no ato de lançamento do Parlamento Metropolitano, e avalia que a iniciativa dos vereadores da região tem capacidade de pressionar o governo do Estado a criar subsídios nos municípios próximos à capital, favorecendo a balança comercial local.
O presidente da Câmara Municipal de São Paulo, José Police Neto, tem opinião parecida com a do diretor. Nunca foram discutidos incentivos fiscais significativos para a região, são muitos anos de atraso. Os municípios são grudados, não têm mais limites entre si. Concentramos aqui 20% do PIB nacional e precisamos dar respostas verdadeiras para a população, disse.
O Parlamento Metropolitano de São Paulo foi criado para tratar de problemas comuns às cidades da Região Metropolitana, buscando soluções conjuntas e integrando leis pré-existentes nos municípios para reduzir as distâncias e eliminar os conflitos. E um dos principais pontos a ser revisto é a incidência de tributos, que varia muito de uma localidade para outra, dificultando o comércio dentro da própria região.
O diretor da Fecomercio disse ainda que a entidade irá pleitear um assento no novo órgão, oferecendo apoio técnico e consultivo em questões nas quais possui grande expertise, como o incentivo à pequena empresa e o desenvolvimento de economias locais.
“Podemos até estudar a possibilidade de ampliar o Sistema S (SESC, SENAI, SENAC, SESI) e levá-lo para essas cidades”, disse. A Fecomercio congrega 152 sindicatos patronais, que abrangem mais de 600 mil companhias e respondem por 11% do PIB paulista cerca de 4% do PIB brasileiro , gerando em torno de 5 milhões de empregos.
(09/05/2011 – 14h16)
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