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Na abertura da sessão ordinária desta quarta-feira (10), os vereadores da Câmara Municipal de São Paulo (CMSP) protestaram contra o incidente ocorrido com alguns parlamentares durante uma vistoria à Feira da Madrugada, no Brás. Durante mais de duas horas, eles foram impedidos pela Guarda Civil Metropolitana de entrar no local, que está fechado desde o último dia 5 por suspeitas de pirataria, contrabando e sonegação fiscal.
“O acesso dos vereadores não poderia ser impedido. Quando a Guarda liberou nossa entrada, fizemos questão que o secretário de Segurança Urbana, Edson Ortega, nos recebesse. Tivemos um diálogo de mais de uma hora com ele e fizemos todas as críticas ao que havia acontecido. Houve um desrespeito a essa Casa sim, mas esse foi prontamente restituído. Ninguém vai tirar nenhuma de nossas prerrogativas em nossas ações externas”, disse o presidente da Câmara, vereador José Police Neto.
Police tentou liberar a entrada dos vereadores que fazem parte da subcomissão que investiga a Feira da Madrugada por telefone. Sem sucesso, dirigiu-se então para o local, acompanhado do líder do governo, vereador Roberto Tripoli (PV), para buscar um entendimento. Ainda assim, levou 40 minutos até que os vereadores conseguissem liberação para realizar a vistoria.
No plenário, as lideranças de todos os partidos mostraram indignação com a forma como os colegas parlamentares foram tratados, exigindo explicações por parte do secretário a respeito do ocorrido. Ortega comparecerá numa sessão extraordinária da Comissão de Constituição, Justiça e Legislação Participativa ainda hoje para prestar esclarecimentos.
Após a discussão, a sessão ordinária foi suspensa para que os vereadores entrassem em acordo sobre a composição da ordem do dia.
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(10/08/2011 – 17h35)