A não descriminalização do aborto foi debatida nesta segunda-feira (4/11) na Câmara Municipal durante o Fórum pela Vida Brasil sem aborto. Os participantes sinalizaram que a gravidez não pode ser interrompida e defenderam políticas públicas para apoiar as mulheres a levarem a gestação adiante.
De acordo com o Código Penal, o aborto só é permitido se não há outro meio de salvar a vida da gestante ou se a gravidez resulta de estupro. E para o proponente do debate, vereador Calvo (PMDB), o fundamental é amparar as mulheres que pensam em fazer o aborto. As leis devem permanecer como estão e devemos pensar em políticas e ações para que as mães que estão desesperadas com a gravidez sejam amparadas antes de tomarem esse tipo de decisão, afirmou.
O médico Sérgio Felipe de Oliveira explicou o motivo de ser contrário ao aborto em qualquer fase da gestação. A vida começa nos instantes iniciais da fecundação e devemos lutar em favor da vida, explicou.
Em tramitação no Congresso, existe o Estatuto do Nascituro, que protege o ser humano no útero materno, do período da concepção até o nascimento. O autor do projeto, deputado federal Luiz Bassuma (PV), explica que é fundamental defender a vida. O direito a vida deve ser defendido e ela começa sim na concepção, ressaltou.
Durante o evento, o roteirista do filme Blood Money Aborto Legalizado, David Kyle explicou que o documentário foi feito para mostrar a verdade sobre esse tema. As pessoas acham que não existe vida nas primeiras semanas de gestação, mas isso não é verdade. O filme traz depoimentos de donos de clínicas e de mulheres que fizeram esse procedimento e o quanto elas sofreram depois, contou.
A pré-estreia do filme será realizada nesta terça-feira (5/11) em São Paulo. Para Luís Eduardo Girão, diretor da Estação Luz Filmes responsável por trazer o filme para o Brasil juntamente com a Europa Filmes -, o tema deve ser discutido. O documentário esclarece o tema em diversos aspectos e mostra a indústria do aborto. Isso ajudará a debater o assunto no Brasil., afirmou.
A madrinha do movimento Luta pela Vida contra o Aborto, a cantora Elba Ramalho, declarou que é contra a legalização. Eu defendo a vida, explicou a artista que já realizou um aborto em sua juventude e se arrependeu profundamente..
Luiz França/CMSP
Elba recebe título de Cidadã Paulistana
A cantora também recebeu o título de Cidadã Paulistana. Natural de Conceição (PB), a artista passou dois anos na capital paulista e atualmente divide seu tempo, segundo ela, na ponte aérea Rio-São Paulo. Me sinto uma cidadão paulistana e estou muito feliz com essa homenagem. Mas, mais importante que isso, é fazer obras de caridade e o bem para as pessoas, afirmou Elba, que destacou que o que mais gosta na cidade são os museus e teatros.
A iniciativa da homenagem partiu do vereador Calvo (PMDB) que ressaltou o trabalho desenvolvido pela cantora: A Elba é um patrimônio artístico e cultural e desenvolve trabalhos em prol da vida, por isso, o título de Cidadã Paulistana.
O presidente do Legislativo paulistano, vereador José Américo (PT), sinalizou para a importância da homenagem. A Elba é uma pessoa solidária, generosa e tem faz um trabalho de luta em favor da vida. Esse título foi aprovado, da parte da Câmara Municipal, com muito entusiasmo, disse.
RenattodSousa/CMSP
(4/11/2013 – 16h37)