Luiz França/CMSP
O Fórum de Assistência Social do Município (FAS) avaliou como problemática a última Conferência Municipal do setor – realizada de 4 a 6 de setembro. Segundo integrantes da reunião desta segunda (9/9), os principais problemas foram a desorganização e a pouca presença de conselheiros municipais.
Realizada a cada dois anos, a Conferência tem como objetivo avaliar a Política Municipal, além de elaborar propostas para o próximo biênio. O tema desta edição foi A Gestão e o Financiamento na Efetivação do Sistema Único de Assistência Social (SUAS).
Nazareth Cupertino, conselheira municipal criticou a ausência de outros conselheiros no debate. “Para mim, a conferência fraca está ligada à eleição do COMAS. A maioria dos conselheiros não são trabalhadores militantes ou usuários”, criticou. Segundo ela, embora as pré-conferências tenha sido positiva, a mesma participação não ocorreu no evento final.
Os participantes da X Conferência narraram dificuldades em debates nos eixos temáticos e falta de tempo para elaborar propostas. João Trevisan, militante, afirmou que a metodologia da conferência foi incompatível com os objetivos do evento. “As pessoas chegam da universidade com um método de trabalho que não combina com a realidade. Algumas oficinas não foram muito democráticas”, criticou. O coordenador do FAS, Padre Lédio Milanez, concordou. “A assessoria impediu que o caráter democrático fosse exercido, por causa de um modelo engessado de participação”.
Embora tenha reconhecido que a Conferência saiu prejudicada, Nazareth buscou levantar pontos positivos do encontro: “Foi a primeira vez que a secretária [Luciana Temer] falou do que precisa ser feito, e não sobre o que já fez”, observou.
Nazareth relatou ainda o primeiro encontro do FAS com o prefeito Fernando Haddad, realizado na semana passada. Para ela, ainda falta o Executivo “se apropriar das pautas”, pois Haddad teve dificuldade em entender qual o papel do Fórum.
(9/9/2013 – 11h15)