A Frente Parlamentar pela Sustentabilidade realizou nesta sexta-feira (7/8) uma reunião para discutir a nova licitação do transporte público da capital. Estiveram presentes especialistas, que discutiram o novo planejamento para os ônibus da cidade.
Adiado desde 2013, a prefeitura pretende lançar, ainda neste mês, o edital para a licitação do transporte público. O novo modelo, projetado para os próximos 20 anos, inclui grandes mudanças, no valor de R$ 70 bilhões, como a construção de 17 terminais, três grupos de linhas de ônibus, a redução da frota, a possível estatização de garagens, entre outras medidas.
Para Francisco Christovam, presidente da SP Urbanus — sindicato que reúne todas as concessionárias de ônibus da capital paulista, a licitação prevê uma mudança bastante significativa. “O sistema foi todo estudado. A proposta traz a criação de linhas, mudança na tipologia da frota, para que se tenham veículos de maior capacidade, utilização plena dos corredores e faixas exclusivas, enfim, para que a população se desloque de maneira mais rápida”, disse.
Segundo a diretora do Instituto Saúde e Sustentabilidade, Evangelina Vormittag, a proposta não inclui a questão da sustentabilidade e não traz as consequências que ela pode gerar ao meio-ambiente. “A licitação não engloba a questão dos combustíveis. Pela Lei de Mudanças Climáticas estava previsto que em 2018 toda a frota de ônibus utilizasse biocombustíveis.”
Presidente da Frente Parlamentar, o vereador Natalini (PV) acredita que a licitação é muito necessária para que haja uma melhoraria no serviço de transporte de ônibus. “A discussão foi boa, profunda e tem vários problemas para serem corrigidos, particularmente na área ambiental, para melhorar o ar de São Paulo.”