O Ciclo de Debates em Comunicação, promovido pela Câmara Municipal de São Paulo, recebeu, nesta quarta-feira, o cineasta e escritor João Batista de Andrade.
João Batista ministrou a palestra com o título “A importância da grande reportagem no jornalismo”.
Ele falou sobre o período que dirigiu o Globo Repórter, a chamada fase de ouro do programa nos anos 70, e contou como construiu um novo olhar sobre os fatos, sem se limitar ao discurso oficial e com ênfase nas diferenças sociais.
Responsável por obras de temática político-social, João Batista tem no currículo diversos documentários, entre eles “Liberdade de Imprensa” que foi exibido na reunião e fala sobre o período da ditadura militar.
Sobre o documentário, ele explica a mensagem que gostaria de passar em 1967, ano de produção, e também para as gerações atuais.
Questionado sobre o crescimento das redes sociais, João Batista destacou que os assuntos são tratados de forma superficial e que a fonte perdeu a importância.
Estudantes de jornalismo da Faculdade Paulus de Tecnologia e Comunicação (Fapcom) assistiram a palestra. A coordenadora do curso, Joana Puntel, falou sobre a importância de mostrar esses exemplos aos alunos.
Thomas Sampaio Ferraz, aluno do primeiro ano de jornalismo, ficou atento as explicações de João Batista e concorda que a fonte da informação é quem vive a situação.
O jornalista e estudante de pós graduação em ciências políticas, Alexandre de Paulo, destacou que exemplos como o de João Batista ajudam a formar uma sociedade mais crítica.
João Batista de Andrade também produziu 11 longas-metragens, entre os quais se destacam “Caso Norte” (1977), “Doramundo” (1978), “O país dos tenentes” (1987), “Wilsinho Galiléia” (1978), “Vlado – 30 anos depois” (2005) e “O homem que virou suco” (1981), que foi premiado, entre outros, no Festival de Gramado e no Festival Internacional de Moscou.
(14/05/2014 – 15h28)