Haisem Abaki
A CPI da Câmara Municipal que investiga falhas nos serviços da Eletropaulo questiona o plano de cadastramento apresentado pela empresa para o novo modelo de tarifa social. Em razão da alteração do critério de desconto pelo governo federal, 130 mil famílias da cidade de São Paulo podem perder o direito ao benefício já a partir deste mês.
A concessão, antes baseada apenas no consumo, passa agora a considerar a renda familiar. O diretor-executivo comercial da Eletropaulo, Roberto Di Nardo, prestou depoimento nesta quinta-feira para explicar as alterações e alegou que haverá apenas um ajuste:
CPI da Eletropaulo – Ouça o diretor Roberto Di Nardo by radiocamarasp5
O presidente da CPI da Eletropaulo, vereador Antônio Donato (PT), disse que a comissão vai acompanhar o novo cadastramento e a divulgação do benefício ao consumidor:
CPI da Eletropaulo – Ouça o vereador Antônio Donato (PT) by radiocamarasp5
No depoimento à CPI, o diretor-executivo comercial da Eletropaulo, Roberto Di Nardo, também afirmou que a empresa e a prefeitura estão cumprindo o acordo judicial de renegociação da dívida do município.
O acerto, feito em 2009, foi de R$ 344 milhões em quatro parcelas, sendo que a última, de R$ 75 milhões, será quitada em julho do ano que vem. Em troca, a Eletropaulo realiza obras e investimentos que correspondem a 50% do valor da dívida, como o enterramento de cabos e melhorias na iluminação e nos semáforos.
A CPI pediu à Eletropaulo documentos que comprovem os serviços executados.