Ericka Perestrelo
Quinta, 05 Junho 2014 16:01
População pede flexibilização das Zonas Exclusivamente Residenciais by Web Radio Câmara SP
Nesta quinta-feira, a Comissão de Política Urbana, Metropolitana e Meio Ambiente realizou a última audiência pública de revisão do Plano Diretor Estratégico da cidade de São Paulo.
Na última sexta-feira, dia 30 de maio, foram publicadas as 365 propostas de emendas recebidas ao projeto de lei 688/2013, encaminhadas por vereadores, movimentos sociais e entidades.
Esse processo de publicação das emendas com antecedência tem como objetivo dar ainda mais transparência ao processo participativo.
Na reunião desta quinta-feira, uma das principais demandas apresentadas pelos participantes é em relação ao Artigo 13 do plano que trata das Zonas Exclusivamente Residenciais (ZER).
A advogada Anna Carolina Vargas, moradora do Campo Belo, explica que uma limitar tornou o bairro exclusivamente residencial. Ela pede que essa condição seja revista no plano diretor.
Cristian Bojlesen, do Movimento Zer Legal, também acha que deveria haver uma flexibilidade. Ele acredita que os bairros devem decidir seu futuro.
De acordo com o vereador Nabil Bonduki (PT), relator do projeto, as ZERs são importantes, mas que os centros de serviços e comércios devem ser regulamentados dentro dessas áreas.
Outro tema amplamente discutido na audiência pública do Plano Diretor realizada nesta quinta-feira foi a construção do Aeroporto de Parelheiros, rejeitada por moradores e movimentos sociais da região.
André Biazoti, do Instituto 5 Elementos, destacou que Parelheiros é uma região de proteção ambiental da cidade e deve ser preservada.
O promotor de justiça de habitação e urbanismo da capital, Mauricio Antonio Ribeiro Lopes, considera que a construção do aeroporto é nociva ao meio ambiente.
O vereador Ricardo Nunes (PMDB) defende a geração de renda na região de Parelheiros que é carente e precisa de oportunidades de emprego.
Os vereadores devem agora finalizar o texto do Plano Diretor com as propostas de emendas e então submeter o projeto a discussão e segunda votação em Plenário para só depois encaminhar para sanção do prefeito Fernando Haddad.