Em entrevista coletiva na tarde desta quarta-feira (26/5), o Governo de São Paulo anunciou a prorrogação da Fase de Transição do Plano São Paulo até o dia 14/6. As regras, válidas para todo o Estado, estabelecem funcionamento das atividades econômicas até as 21h e permissão de 40% de ocupação. O toque de recolher continua nas 645 cidades do Estado, das 21h às 5h.
A prorrogação interrompeu a ideia inicial do governo paulista de entrar em uma nova fase a partir do dia 1/6, quando seria ampliada a capacidade de atendimento para 60% e o horário de funcionamento até as 22h, conforme havia sido anunciado na semana passada. “Os indicadores da pandemia recomendam cautela neste momento, e é cautela que nós estamos adotando”, afirmou o governador João Doria (PSDB).
Estabelecimentos comerciais, galerias e shoppings podem funcionar das 6h às 21h, mesmo horário estabelecido para serviços como restaurantes e similares, salões de beleza, barbearias, academias, clubes e espaços culturais como cinemas, teatros e museus.
Permanecem liberadas as celebrações individuais e coletivas em igrejas, templos e espaços religiosos, desde que seguidos rigorosamente todos os protocolos de higiene e distanciamento social.
O governo reafirmou a recomendação de teletrabalho para atividades administrativas não essenciais e escalonamento de horários para entrada e saída de trabalhadores do comércio, serviços e indústrias.
Novidades sobre a vacinação
Durante a coletiva foi anunciada a imunização dos trabalhadores de transporte aéreo para esta sexta-feira (28/5), com a imunização nos aeroportos de Congonhas, Cumbica e Viracopos. Os portuários do Porto de Santos devem ser vacinados a partir da próxima terça-feira (1/6). A previsão é de que sejam imunizadas cerca de 40 mil pessoas.
O governo estadual também projetou para agosto o início da vacinação contra a Covid-19 das pessoas de 45 a 54 anos. No período de 2/8 a 16/8, serão vacinadas as pessoas entre 50 e 54 anos. E, a partir do dia 17/8, deve começar a vacinação de pessoas entre 45 e 49 anos, um público total de 3,6 milhões de pessoas.
Testagem rápida de Covid-19
O governo ainda anunciou na tarde desta quarta-feira, a aquisição de 1 milhão de testes rápidos de antígenos que serão disponibilizados em junho aos municípios do Estado. A medida visa ampliar as políticas de testagem e o monitoramento dos casos de Covid-19.
Os testes têm um grau de efetividade de 98% nos primeiros dias de sintomas e o resultado sai em até 15 minutos. A Secretaria de Estado da Saúde está investindo cerca de R$ 25 milhões para a aquisição dos insumos.
Eventos-teste
O Estado de São Paulo irá realizar, de 15/6 a 30/7, dez eventos-teste para testagem e acompanhamento do público participante por duas semanas. Os eventos, previamente definidos, ocorrerão em ambiente controlado, com testagem de participantes e equipe, assim como acompanhamento pós-evento. O objetivo deste estudo é ajustar, a partir de situações reais, as regras que possibilitarão a retomada de um dos setores mais afetados na pandemia do coronavírus e que emprega milhões de brasileiros.
A testagem será realizada em duas feiras de economia criativa, uma feira corporativa e quatro festas sociais (casamento, jantar corporativo e três eventos noturnos).
Os testes utilizados serão de antígeno, com resultado imediato, aprovados pela Anvisa e com sensibilidade parecida com o teste RT-PCR, diagnosticando pessoas que estão contaminadas e transmitindo a Covid-19. Haverá limitação de público e serão progressivamente testados eventos mais complexos, de acordo com avaliações e acompanhamentos dos participantes pós-evento.
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O Instituto Adolfo Lutz, com sede em São Paulo, identificou um caso da variante indiana B.1.617.2 após testagem. O caso foi identificado em um morador de 32 anos da cidade de Campos dos Goytacazes, no Rio de Janeiro, que viajou para a Índia e desembarcou no aeroporto de Guarulhos no dia 22/5. Ao desembarcar, ele fez o exame RT-PCR para a detecção do novo coronavírus e, antes de obter o resultado, embarcou para o Rio de Janeiro.
Segundo a Anvisa (Agência Nacional de Vigilância Sanitária), o passageiro embarcou da Índia para o Brasil com um exame negativo para o novo coronavírus. Ele fez o exame de RT-PCR 72 horas antes de embarcar, exigência prevista para todos os passageiros. O exame deu negativo e ele não apresentava sintomas da doença. Quando desembarcou no aeroporto de Guarulhos, ele não relatou aos agentes da Anvisa que apresentava sintomas.
Ao chegar em Guarulhos, por conta própria, em um laboratório particular localizado no interior do aeroporto de Guarulhos, ele fez um novo teste. A Anvisa foi informada pelo laboratório sobre o passageiro após a confirmação do resultado.
Após ser informada, a Secretaria Estadual da Saúde encaminhou a amostragem para o Instituto Adolfo Lutz, que fez o sequenciamento genético e constatou se tratar da variante indiana.
Medidas de vigilância epidemiológica foram tomadas, como o levantamento da lista completa dos passageiros do voo, dos nomes dos funcionários do aeroporto e dos contatos dos passageiros com ações de isolamento e de monitoramento.
Desde 14/5, as equipes de Vigilância Epidemiológica de São Paulo têm notificado os municípios de residência de passageiros vindos da Índia que desembarcam no Brasil. A medida é uma parceria com a Anvisa, que tem enviado para a secretaria a lista completa dos passageiros de voos.
A variante indiana é uma das quatro variantes do novo coronavírus consideradas de atenção em todo o mundo. Além dela, as variantes de Manaus, do Reino Unido e da África do Sul também são consideradas de atenção porque podem ser mais transmissíveis ou provocar casos mais graves de Covid-19.
O Estado de São Paulo tem, até este momento, 374 casos autóctones dessas variantes: três da variante sul-africana, 15 da variante do Reino Unido e 356 da variante de Manaus.
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Segundo boletim mais recente sobre a pandemia do novo coronavírus publicado pela Secretaria Municipal de Saúde de São Paulo, nesta quarta-feira (26/5), a capital paulista contabilizava 30.117 vítimas da Covid-19.
Havia, ainda, 1.140.866 casos confirmados de infecções pelo novo coronavírus. Desde o início da pandemia, 1.446.462 pessoas haviam recebido alta após passar pelos hospitais de campanha, da rede municipal, contratualizados e pela atenção básica do município.
Abaixo, gráfico detalhado sobre os índices da Covid-19 na cidade de São Paulo.
Prefeitura de SP Em relação ao sistema público de saúde da região metropolitana de São Paulo, a atualização mais recente destaca que, nesta quarta (26/5), a taxa de ocupação de leitos de UTI (Unidade de Terapia Intensiva) destinados a pacientes com Covid-19 é de 77,7%.
Considerado pela OMS (Organização Mundial da Saúde) e autoridades sanitárias a principal forma de contenção da pandemia do novo coronavírus, o isolamento social na cidade de São Paulo, nesta terça-feira (25/5), foi de 39%.
Os dados são do Sistema de Monitoramento Inteligente do Governo de São Paulo, que utiliza dados fornecidos por empresas de telefonia para medir o deslocamento da população e a adesão às medidas estabelecidas pela quarentena no Estado.
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O ministro da Saúde, Marcelo Queiroga, disse hoje (26/5), que o governo federal vai assinar na próxima semana um contrato de Encomenda Tecnológica com a farmacêutica inglesa AstraZeneca. O acordo vai possibilitar que o IFA (Ingrediente Farmacêutico Ativo), material necessário para produção da vacina contra a Covid-19, seja fabricado pela Fundação Oswaldo Cruz.
O anúncio foi feito durante audiência conjunta das comissões de Fiscalização Financeira e Controle e de Defesa do Consumidor da Câmara Federal dos Deputados. Aos parlamentares, o ministro ressaltou que o país tem contratadas, até 2022, cerca de 600 milhões de doses de vacinas. Até o momento, foram distribuídas pouco mais de 90 milhões de doses aos estados e municípios, das quais 30 milhões, em maio.
Queiroga também foi questionado sobre a quantidade de vacinas para o mês de junho. De acordo com a assessoria do Ministério da Saúde, devem ser entregues 41,9 milhões de doses, 12 milhões a menos do que a previsão inicial. Serão 20,9 milhões de doses da AstraZeneca, 12 milhões da Pfizer, 4 milhões do imunizante da AstraZeneca obtidos via consórcio Covax Facility e 5 milhões de doses da Coronavac.
Atuação do município
O prefeito Ricardo Nunes (MDB) anunciou nesta quarta-feira que a cidade de São Paulo está tomando as medidas necessárias de prevenção contra a terceira onda da variante indiana. Equipes de saúde estão nos portos, nos aeroportos e nas rodoviárias fazendo a identificação para detectar as pessoas que tenham o sintoma. A declaração foi feita durante cerimônia em que a Prefeitura de São Paulo recebeu a doação de mil cestas básicas de 126 cartórios registrados na cidade. O evento que foi realizado na sede da Cruz Vermelha Brasileira, no bairro de Indianópolis, Zona Sul.
De acordo com Nunes, as equipes de Vigilância Sanitária estão alinhadas com essa questão, e a Prefeitura está preparada. O município reservou 30 quartos de hotel para isolamento de pessoas com sintomas. São 250 leitos de UTI (Unidade de Tratamento Intensivo) prontos para entrar em funcionamento, em uma semana.
A Câmara durante a pandemia
A Comissão Extraordinária de Relações Internacionais recebeu nesta quarta-feira (26/5), em reunião extraordinária virtual, o embaixador de Cuba no Brasil, Rolando Antonio Gómez, que tratou sobre o desenvolvimento de vacinas contra a Covid-19 naquele país, e as medidas adotadas pelo governo cubano para contenção do contagio pela doença.
Atualmente, Cuba tem duas vacinas na fase final de ensaios clínicos, a Soberana II (que deve ser aplicada em duas doses) e a Abdala (duas ou três doses). O país com 11 milhões de habitantes tem até hoje 135 mil casos confirmados de Covid-19, com taxa de recuperação em 94%, e um total de 901 mortos.
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