O Governo do Estado de São Paulo anunciou em entrevista coletiva nesta quarta-feira (17/11), que toda a população adulta poderá se vacinar com a dose adicional de Covid-19. A nova etapa de imunização começa nesta quinta (18/11). A orientação do PEI (Plano Estadual de Imunização) segue a diretriz do PNI (Programa Nacional de Imunização) e vale para todas as pessoas que tomaram as duas doses há pelo menos cinco meses, ou seja, quem completou seu ciclo de vacinação até o mês de junho.
A dose adicional era recomendada apenas a quem tinha mais de 60 anos de idade, aos profissionais da saúde e imunossuprimidos, com um intervalo de seis meses. Com a mudança, 710 mil pessoas em todo o Estado já estão aptas a receber a dose adicional do imunizante contra Covid-19 nesta quinta-feira. Até o momento, 3,6 milhões de pessoas já tomaram a dose adicional e outras 2,4 milhões com esquema completo já podem receber a dose de reforço.
Em São Paulo, o imunizante para a dose de reforço será aquele que estiver disponível no posto de saúde: Pfizer, Coronavac e até mesmo AstraZeneca. Quem tomou a dose única da vacina da Janssen deverá tomar uma segunda dose após oito semanas e, após cinco meses de completar o ciclo vacinal, já poderá receber a dose de reforço. O Estado de São Paulo, porém, não conta com estoque deste imunizante e aguarda o envio de doses do Ministério da Saúde para definir a adesão às novas diretrizes com relação a esta vacina.
O Governo de SP reforça a importância de a população completar o ciclo vacinal para garantir a imunização contra Covid-19. Embora na última semana São Paulo tenha registrado uma redução de 7,5% dos faltosos, ainda há 4,9 milhões de pessoas que ainda precisam tomar a segunda dose da vacina nos 645 municípios do Estado: 2,8 milhões de doses da Pfizer; 1,1 milhão de AstraZeneca e 895,1 mil de Coronavac.
Queda nas internações
O Governo também anunciou que 37 hospitais estaduais já não têm mais pacientes internados com complicações de Covid-19. Eles correspondem a 56% das unidades que receberam os pacientes infectados pelo coronavírus no decorrer da pandemia. Com a queda de 92% das internações em São Paulo, estes hospitais já estão sendo direcionadas para atendimentos de outras doenças.
Em razão da queda das internações, mais da metade das unidades hospitalares que estavam dedicadas para o Covid-19 já tiveram o perfil assistencial redefinido. É o caso, por exemplo, do Hospital Heliópolis, Ipiranga, Geral de Carapicuíba e Sapopemba, localizados na Grande São Paulo, e de outras unidades do interior do Estado, como o Regional de Registro, Regional de São José dos Campos e Hospital Estadual Serrana.
Atualmente, o Governo de São Paulo mantém 29 hospitais como referência para atendimento de pacientes com coronavírus, como os Hospitais das Clínicas (Capital e Interior), Instituto de Infectologia Emílio Ribas, Vila Penteado na Capital, Estadual de Bauru e Conjunto Hospitalar de Sorocaba.
Na maioria destas unidades, a taxa de ocupação dos leitos de UTI (Unidade de Terapia Intensiva) e em leitos de enfermaria está em queda, acompanhando os índices do Estado. Na capital, exemplo similar é o Hospital Vila Penteado que segue atuando como referência para casos de Covid-19. No auge da segunda onda, a unidade chegou a ter 141 leitos de enfermaria e 55 leitos de UTI. Atualmente, a unidade conta com 60 leitos, sendo 20 de Terapia Intensiva e 40 de enfermaria para atendimento a casos de coronavírus. Nesta terça-feira (16/11), apenas seis pacientes estavam internados, sendo apenas um em UTI.
O redirecionamento de leitos faz parte da rotina de trabalho dos gestores dos serviços de saúde e toda medida é baseada em monitoramento do cenário e planejamento da rede, visando salvar vidas e assegurar atendimento igualitário.
Atuação do município
A Prefeitura de São Paulo começa a aplicar nesta quinta-feira (18/11), as doses de reforço para os maiores de 18 anos que receberam a segunda dose dos imunizantes Coronavac, AstraZeneca e Pfizer.
Podem comparecer aos postos de vacinação todos aqueles que receberam a segunda dose até o dia 27 de abril. Na sexta-feira (19/11), é a vez dos que tomaram a segunda dose até o dia 17 de junho. Todos receberão a dose de reforço da Pfizer. Para os dois grupos, são esperadas 800 mil pessoas.
A cidade segue ainda com a vacinação de primeira e segunda doses para os maiores de 18 anos e para os adolescentes de 12 a 17 anos, além da dose de reforço para os maiores de 60 anos e grupo de trabalhadores como os da saúde e da educação.
A Secretaria da Saúde recomenda à população que acompanhe a disponibilidade de segundas doses dos imunizantes por meio da plataforma De Olho na Fila. A lista completa de postos pode ser encontrada na página Vacina Sampa.
Mais sobre o novo coronavírus 1
De acordo com o boletim diário mais recente publicado pela Secretaria Municipal de Saúde de São Paulo sobre a pandemia do novo coronavírus, até esta terça (16/11), a capital paulista totalizava 38.989 vítimas da Covid-19. Havia, ainda, 1.538.652 casos confirmados de infecções pelo novo coronavírus.
Abaixo, gráfico detalhado sobre os índices da Covid-19 na cidade de São Paulo.
Em relação ao sistema público de saúde, os dados mais recentes mostram que a taxa de ocupação de leitos de UTI (Unidade de Terapia Intensiva) destinados ao atendimento de pacientes com Covid-19 na região metropolitana de São Paulo, nesta quarta-feira (17/11), é de 28,3%.
Na terça (16/11), o índice de isolamento social na cidade de São Paulo foi de 38%. A medida é considerada pela OMS (Organização Mundial da Saúde) e autoridades sanitárias a principal forma de contenção da pandemia do novo coronavírus.
A aferição do isolamento é feita pelo Sistema de Monitoramento Inteligente do Governo de São Paulo, que utiliza dados fornecidos por empresas de telefonia para medir o deslocamento da população e a adesão às medidas estabelecidas pela quarentena no Estado.
Mais sobre o novo coronavírus 2
O Estado de São Paulo está com 94% da população carcerária com o esquema vacinal contra a Covid-19 completo. O percentual inclui pessoas vacinadas com as duas doses do imunizante ou com dose única. Os dados são da SAP (Secretaria de Administração Penitenciária).
Ao todo, são 192.276 pessoas encarceradas imunizadas com a segunda dose ou dose única. O processo de imunização nos 179 presídios de São Paulo ocorre em parceria com os municípios, que têm disponibilizado as vacinas para essa população. Atualmente, são 204. 537 custodiados pela SAP.
Segundo nota da pasta, “quando comparado aos números de vacinados no país, o resultado é ainda mais expressivo. É que segundo o CNJ (Conselho Nacional de Justiça), somente 43,4% das pessoas privadas de liberdade no Brasil estão com o esquema vacinal completo”.
Ainda de acordo com a secretaria, mesmo com a imunização, as medidas de restrições contra a doença permanecem nos presídios. As visitas de familiares seguem de forma gradual e controlada e permanece o uso obrigatório de máscara entre a população carcerária, assim como para os funcionários do sistema prisional.
*Ouça abaixo a versão podcast do boletim Coronavírus desta quarta-feira
*Este conteúdo e outros conteúdos especiais podem ser conferidos no hotsite Coronavírus