A habitação contará com um orçamento de R$ 2 bilhões em 2015 e terá como prioridades a entrega de 55 mil moradias até 2016 e a urbanização de favelas, como a São Pedro Livieiro, na zona leste. Desse montante destinado à área, R$ 440 milhões serão gastos com a construção de conjuntos habitacionais. De acordo com a Secretaria Municipal de Habitação (SEHAB), os recursos para investimento cresceram aproximadamente 30% e o orçamento está adequado ao plano de metas da pasta.
No dia 4/11, o secretário da Habitação, José Floriano de Azevedo Marques, participou de uma audiência pública na Câmara Municipal e disse que havia sido entregue até o início do mês passado 3.500 casas; outras 17 mil estavam em andamento e 21 mil ainda seriam viabilizadas. “Com o programa de desapropriação vamos viabilizar outras 25 mil unidades e vamos conseguir atingir a meta até 2016, de 55 mil unidades habitacionais”, garantiu Marques.
Graça Xavier é coordenadora executiva da UMM (União dos Movimentos de Moradia) da Grande São Paulo e Interior. Para ela, deve ser feita uma fiscalização mais rigorosa do orçamento para o ano que vem. Segundo Graça, a quantia prevista para a habitação em 2014 não foi gasta. “A prefeitura olha muito para as favelas de Heliópolis e Paraisópolis e se esquece das favelas pequenas. O melhor seria começar por essas menores, pois elas têm mais chance de se urbanizarem antes que cresçam”.
Os gastos com o Programa Mananciais e o de Regularização Fundiária também ganharam destaque no Orçamento 2015 para a habitação. O primeiro terá uma verba de R$ 752 milhões e, de acordo com Marques, 15 mil famílias deverão ser realocadas. “Atualmente, 25 mil famílias recebem o aluguel social entre R$ 300 e R$ 400. Esse número aumentará no próximo ano porque obras serão atacadas de forma radical e com mais velocidade”, afirmou o secretário durante a audiência.