A situação da saúde do idoso na cidade de São Paulo foi tema da reunião desta terça-feira da Comissão do Idoso e de Assistência Social da Câmara Municipal.
Entre os problemas citados pelos participantes do encontro estão a demora para conseguir agendar um exame em São Paulo e o baixo número de médicos geriatras trabalhando nos hospitais municipais. Marília Berzins, servidora da Secretaria Municipal de Saúde, disse que um levantamento de 2007 revelou que existiam, naquele ano, apenas 600 especialistas em geriatria em todo o Brasil.
“O Brasil ainda está no modelo de um país jovem. É preciso mudar a forma de pensar políticas para atender a essa população idosa”, comentou Marília. Como sugestão, os participantes da reunião citaram a criação de um hospital exclusivamente para os idosos, com o pagamento de salários condizentes a médicos especialistas para atrair o interesse desses profissionais.
A falta de moradia digna aos idosos também foi citada como um problema que acaba gerando reflexos na saúde pública. “Para um idoso viver bem, ele precisa de moradia”, disse Maria Eliete de Souza, do Garmic (Grupo de Articulação de Moradia do Idoso). Segundo ela, os vários prédios desocupados na região central de São Paulo poderiam ser utilizados como solução a essa questão.
Para o presidente da Comissão do Idoso e de Assistência Social, vereador Cláudio Prado (PDT), “os problemas de saúde não serão resolvidos só com debate, mas já é um começo”. “As entidades que representam os idosos têm de assumir o compromisso de fortalecer o Grande Conselho Municipal do Idoso, porque só assim conseguiremos mais força para alcançarmos políticas públicas coerentes junto a qualquer secretaria”, disse.
(11/10/2011 – 16h26)