pixel facebook Pular para o conteúdo Pular para o rodapé Pular para o topo
Este é um espaço de livre manifestação. É dedicado apenas para comentários e opiniões sobre as matérias do Portal da Câmara. Sua contribuição será registrada desde que esteja em acordo com nossas regras de boa convivência digital e políticas de privacidade.
Nesse espaço não há respostas - somente comentários. Em caso de dúvidas, reclamações ou manifestações que necessitem de respostas clique aqui e fale com a Ouvidoria da Câmara Municipal de São Paulo.

Iniciativas culturais não avançam na periferia

30 de abril de 2013 - 13:09

Categorias

Nos últimos anos, a cidade de São Paulo tem perdido alguns espaços culturais, tanto por falta de alvará de funcionamento como pela especulação imobiliária, como é o caso do Cine Belas Artes, na região central e mais recentemente o Studio SP. A periferia da capital, já carente de polos culturais, também sente cada vez mais o abandono de equipamentos.

O assunto foi tema recorrente em diversas audiências públicas do Plano de Metas. Diante disso, moradores da periferia viram um ressurgimento de movimentos culturais próprios, fora do centro, tanto na localização quanto no formato. Rodas de samba, saraus e produção audiovisual própria passaram a ocorrer com mais frequência, e também serem mais divulgadas. Segundo Thiago Borges, um dos criadores do site Periferia em Movimento, que divulga essas iniciativas, hoje os moradores desses bairros aceitam melhor a própria identidade e, com isso, passaram a lutar para melhorar o bairro, em vez de buscarem apenas a ascensão saindo de lá.

periferia1

Morador da Zona Sul de São Paulo, Borges criou o site em 2009, quando abastecia um blog que mostrava os bastidores da produção do documentário Grajaú na Construção da Paz, trabalho de conclusão de curso de jornalismo dele e duas colegas. As pessoas começaram a reconhecer o site como canal de comunicação para divulgar eventos, e vimos que existia essa carência de falar de periferia, contou.

Para ele, quando o site foi criado, a visibilidade dos movimentos culturais só aumentou. Você vê as mesmas caras na Zona Norte e na Zona Sul, os autores usam os saraus para chegar a mais leitores. Borges também observou o surgimento de novos protagonistas, que se sentiram à vontade para criar ações.

Na última quarta-feira (24) a Câmara debateu, em audiência pública, a criação de uma nova etapa do Programa para a Valorização de Incentivos Culturais, o chamado VAI 2, de autoria do vereador Nabil Bonduki (PT). Reconhecido por profissionais e ativistas, o VAI oferece apoio financeiro a projetos desenvolvidos por jovens de baixa renda, entre 18 e 29 anos de idade. Nessa nova etapa chamada VAI 2, o programa será estendido aos adultos com pelo menos dois anos de experiência em projetos nas áreas periféricas.

Thiago defende que iniciativas individuais são fundamentais para o desenvolvimento da cultura da periferia, mas pontuaram que a administração pública tem um papel importante e que não tem sido cumprido integralmente. Existe uma busca por outros espaços, como os CEUs, ou então locais que não sejam públicos. A rua também é uma opção, mas ainda tem muita repressão e os próprios moradores às vezes não compreendem, completou.

(Thaís Lancman)

Leia Mais:

– Vereadores alertam para a necessidade de mais incentivos à cultura

– Cinema em escadaria pode transformar panorama social

– Projetos culturais independentes precisam de apoio


 

Outras notícias relacionadas

Ícone de acessibilidade

Configuração de acessibilidade

Habilitar alto contraste:

Tamanho da fonte:

100%

Orientação de acessibilidade:

Acessar a página Voltar