Na manhã desta segunda-feira (19/7), o Instituto Butantan, na capital paulista, fez a entrega ao Ministério da Saúde de mais 1 milhão de doses da Coronavac, vacina contra o novo coronavírus desenvolvida pela instituição em parceria internacional com a farmacêutica chinesa Sinovac.
Com a nova entrega, as liberações chegam à marca de 56,149 milhões de doses fornecidas ao PNI (Programa Nacional de Imunizações) desde 17 de janeiro, quando o uso emergencial do imunizante foi aprovado pela Anvisa (Agência Nacional de Vigilância Sanitária).
Iniciadas na última quarta-feira (14/7), as novas entregas do imunizante são referentes à produção de um novo lote de 10 milhões de doses processadas a partir dos 6 mil litros de IFA (Ingrediente Farmacêutico Ativo) recebidos no dia 26 de junho.
A matéria-prima, recebida no dia 26 de junho, foi envasada no complexo fabril do Butantan, na zona oeste da cidade de São Paulo, e passou por etapas como embalagem, rotulagem e controle de qualidade das doses.
As vacinas entregues hoje fazem parte do segundo contrato firmado com o Ministério da Saúde, de 54 milhões de doses. O primeiro, de 46 milhões, foi concluído em 12 de maio. O Butantan trabalha para completar, até o fim de agosto, o total de 100 milhões de vacinas disponibilizadas ao Programa Nacional de Imunização, antecipando em 30 dias o prazo contratual previsto.
Mais sobre o novo coronavírus 1
Segundo dados mais recentes sobre a pandemia do novo coronavírus publicados pela Secretaria Municipal de Saúde de São Paulo, nesta segunda-feira (19/7) a capital paulista contabilizava 34.615 vítimas da Covid-19. Havia, ainda, 1.324.061 casos confirmados de infecções pelo novo coronavírus.
Abaixo, gráfico detalhado sobre os índices da Covid-19 na cidade de São Paulo.
Em relação ao sistema público de saúde da região metropolitana de São Paulo, a atualização mais recente destaca que, nesta segunda (19/7), a taxa de ocupação de leitos de UTI (Unidade de Terapia Intensiva) destinados a pacientes com Covid-19 é de 57,2%.
Considerado pela OMS (Organização Mundial da Saúde) e autoridades sanitárias a principal forma de contenção da pandemia do novo coronavírus, o isolamento social na cidade de São Paulo, no último domingo (18/7), foi de 45%.
Os dados são do Sistema de Monitoramento Inteligente do Governo de São Paulo, que utiliza dados fornecidos por empresas de telefonia para medir o deslocamento da população e a adesão às medidas estabelecidas pela quarentena no Estado.
Ações e Atitudes
Pesquisadores da UFSCar (Universidade Federal de São Carlos), desenvolveram um material com fibras produzidas a partir da reciclagem de garrafas PET capaz de filtrar o ar e reter até mesmo partículas tão pequenas quanto o novo coronavírus, que tem cerca de 100 nanômetros.
O trabalho, que contou com apoio da FAPESP (Fundação de Amparo à Pesquisa do Estado de São Paulo) e cujos resultados foram publicados nos periódicos Polymers e Membranes, integra uma linha de pesquisa conduzida desde os anos 1990 no Laboratório de Controle Ambiental do Departamento de Engenharia Química da UFSCar.
Agora, o grupo pretende desenvolver novos materiais filtrantes impregnados com aditivos biocidas e virucidas, como nanopartículas metálicas ou óleos essenciais – estes considerados mais sustentáveis e de menor risco à saúde humana.
Além de ajudar a prevenir a Covid-19 e outras doenças respiratórias e infecciosas, causadas também por bactérias e fungos, os meios filtrantes são essenciais no enfrentamento de outro problema importante da atualidade, a poluição do ar.
Segundo a OMS (Organização Mundial da Saúde), a poluição do ar mata cerca de 7 milhões de pessoas por ano em todo o mundo e, no Brasil, a estimativa é de 50 mil mortes por ano. Para tanto, os materiais podem ser aplicados em EPIs (Equipamentos de Proteção Individual) – como máscaras, jalecos e outros – e em sistemas para filtração e condicionamento do ar em ambientes como hospitais, escolas e outros edifícios.