Na reunião da Comissão de Estudos para a Criação de um Plano de Cidade Inteligente (Smart City) para a capital paulista, na tarde desta segunda-feira (28/3), foram aprovados três requerimentos. Além da apreciação dos documentos, os vereadores que integram o grupo de trabalho receberam o professor da Faculdade de Direito da USP (Universidade de São Paulo), Juliano Maranhão.
Requerimentos aprovados
O primeiro requerimento aprovado, de autoria da vereadora Cris Monteiro (NOVO), convida a participar da próxima reunião da Comissão a CEO Brasil da Planet Smart City, Susanna Marchionni.
Já a solicitação feita por meio do documento protocolado pelo presidente da Comissão, vereador Marlon Luz (MDB), faz o convite para a coordenadora da Virada ODS (Objetivos de Desenvolvimento Sustentável) da Prefeitura de São Paulo, Malu Molina.
Também apresentado pelo vereador Marlon Luz, o terceiro requerimento aprovado propõe a participação do representante da Smart SKY, Chase Olson.
Convidado
Por meio do sistema virtual da Câmara Municipal de São Paulo, o professor da Faculdade de Direito da USP, Juliano Maranhão, compartilhou conhecimento para contribuir com a criação de um plano de cidade inteligente para a capital paulista. O tema central tratado pelo convidado foi sobre inteligência artificial.
“Certamente a inteligência artificial tem que ser abordada, em particular a preocupação com os seus riscos e a sua governança para que ela produza os benefícios almejados”, disse Juliano Maranhão.
Durante a apresentação, Juliano destacou a importância para a regulação da inteligência artificial, já que existem algumas preocupações quanto à aplicação da tecnologia. Entre os cuidados que devem ser administrados, o professor citou eventos de discriminação e deu como exemplo sistemas de contratação.
“Tem o exemplo da Amazon, que passou a utilizar o sistema de inteligência artificial para revisão e indicação de contratação de funcionários. O sistema se baseava em dados enviesados e privilegiava homens brancos em detrimento de mulheres e negros, mas principalmente era uma discriminação de gêneros”, falou o professor da USP.
Em contraponto aos riscos, Juliano Maranhão expôs os benefícios da inteligência artificial. “Temos uma tecnologia, diante de nós, com enorme potencial de aumentar a segurança da ciência, viabilizar conhecimento, trazer novas possibilidades para a medicina, para diferentes áreas de conhecimento, para a agricultura. É capaz de otimizar a produção, além de trazer novas possibilidades para a educação e para a proteção ambiental”.
Presidente da Comissão
O presidente da Comissão, vereador Marlon Luz (MDB), explicou que os próximos convidados trarão experiências em projetos relacionados a cidades inteligentes e também considerou relevante a apresentação feita nesta tarde pelo professor Juliano Maranhão.
“Não é o objetivo dessa Comissão ser reguladora disso (inteligência artificial), até porque estamos no âmbito municipal, e isso seria de âmbito federal. Mas é bom a gente entender os impactos que podem ter a inteligência artificial e os preconceitos dentro de uma inteligência artificial em uma cidade inteligente”, disse Marlon Luz.
Os trabalhos desta segunda-feira, que podem ser conferidos no vídeo abaixo, foram conduzidos pelo presidente da Comissão, vereador Marlon Luz (MDB), e contaram com a participação dos vereadores André Santos (REPUBLICANOS), Aurélio Nomura (PSDB), Cris Monteiro (NOVO), Daniel Annenberg (PSDB), Rinaldi Digilio (UNIÃO) e Thammy Miranda (PL).