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Jovens e moradores da zona leste expõem problemas em audiência e pedem mais lazer e cultura

Por: HELOISE HAMADA - DA REDAÇÃO

29 de novembro de 2022 - 15:30

A Comissão Extraordinária de Defesa dos Direitos da Criança, do Adolescente e da Juventude realizou, nesta terça-feira (29/11), uma Audiência Pública para discutir a vulnerabilidade das crianças e adolescentes no território Jardim Palanque/Iguatemi, na zona leste da capital. Jovens, professores e moradores expuseram as necessidades da região e cobraram equipamentos culturais e esportivos.

A convocação para o debate foi feita por meio do requerimento da vereadora Juliana Cardoso (PT), que conduziu a audiência. Ela enfatizou a importância de realizar a discussão na Escola Estadual Belize, bairro de Guaianases, para ouvir as demandas locais.

“É muito importante a gente estar no território. A região da Cidade Tiradentes/Palanque é um dos lugares que as crianças e os adolescentes estão sofrendo muita vulnerabilidade social, estão sofrendo muita violência. A vinda hoje aqui é para poder ter essa escuta de pais, mães, crianças e os adolescentes para ver qual caminho a gente pode juntar os órgãos da Prefeitura para poder avançar e combater essa vulnerabilidade e essa violência”, afirmou a parlamentar.

A vereadora Elaine do Quilombo Periférico (PSOL) também fez parte da mesa e ressaltou que é do distrito de Cidade Tiradentes, na mesma região. “A gente vem falar hoje de um tema super importante, que é a vulnerabilidade das nossas crianças e adolescentes e, sobretudo, as nossas crianças pretas, pardas que vivem nesse território e a gente sabe que são atingidas pelos maiores indicadores de vulnerabilidade”, falou.

Também fizeram parte da mesa alunos da Escola Estadual Belize e do CCA [Centro de Convivência para Crianças e Adolescentes] Santo Adriano, a coordenadora de Políticas para Criança e Adolescente, Tifani Declaira Paulini Coelho, representando a Secretaria Municipal de Direitos Humanos e Cidadania, a médica Mona Lisa Carvalho, representando a Secretaria Municipal de Saúde, a vice-presidente do CMDCA (Conselho Municipal dos Direitos da Criança e do Adolescente), Fabiana Zacarias Cesário Feitosa, e representantes de movimentos sociais da região e do CRAS (Centro de Referência da Assistência Social).

“Trabalho no SUS há 33 anos, dentro dessa região, como médica fazendo a interlocução da saúde da mulher e da criança, uma região de extrema vulnerabilidade dentro dos nossos distritos. É muito bom estarmos juntos para discutirmos sobre as crianças e os adolescentes”, disse a médica Mona Lisa Carvalho.

Participação social

Alunos do CCA Santo Adriano fizeram uma apresentação antes do início das discussões. Os estudantes falaram de jovens que morreram ou foram presos ainda na adolescência, sem a chance de ter um futuro melhor. O aluno Pietro Suzart, de 12 anos, foi um dos participantes da apresentação. “Eu gostei muito [de participar] porque é bom as pessoas saberem quem foi preso ou morto, é bom as pessoas ficarem sabendo o que está acontecendo aqui e não somente a gente do bairro”, comentou.

O educador do CCA Santo Adriano, Robert Goes, disse que um debate no bairro é essencial. “Eu entendo que falar sobre políticas públicas, falar também sobre o genocídio que vem perpassando no território é de extrema importância para crianças e adolescentes e também para quem vive aqui no espaço do Jardim Palanque e para quem perpassa no entorno”, destacou.

Já o padre Elson Paulo Correia Lopes, da Paróquia Santa Teresa de Calcutá, na região, apontou que faltam opções de lazer no local. “Nós não temos nem sequer uma quadra para eles jogarem, não temos nada de lazer, não temos nada de cultura. Como que a gente pode querer que as crianças tenham outra educação, não entrem no mundo da violência se nós não proporcionamos outras alternativas? A primeira coisa é proporcionar lazer, cultura e esporte para as nossas crianças e adolescentes”, frisou o pároco.

Ao final da Audiência Pública, a vereadora Juliana Cardoso (PT) pediu para que os representantes do Poder Público levem as demandas apresentadas e que a população e os movimentos sociais continuem a apontar os problemas locais. Por fim, ela sugeriu a realização de uma segunda Audiência Pública sobre o tema, abordando também a questão da segurança e do transporte público, para o ano que vem. “O papel do Legislativo é unir forças para garantir e servir o povo”, finalizou a parlamentar.

A íntegra da audiência pode ser conferida nos vídeos abaixo:

Parte 1

Parte 2

 

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