O Julho Amarelo é o mês de prevenção e conscientização sobre as hepatites virais. Instituída pela Lei federal nº 13.802, de 10 de janeiro de 2019, a campanha foi idealizada pelo MBHV (Movimento Brasileiro de Luta Contra as Hepatites Virais) e pela SBH (Sociedade Brasileira de Hepatologia) em 2015.
A adoção da cor amarela está ligada a um dos sintomas característicos da doença (pele e os olhos amarelados). Além disso, julho foi escolhido porque no dia 28 celebra-se o Dia Mundial da Luta Contra Hepatites Virais, data criada pela OMS (Organização Mundial da Saúde) a pedido do Brasil.
O que é hepatite?
A hepatite é uma inflamação do fígado que pode ser decorrente de diversas causas, sendo por meio da infecção por vírus, pelo uso de medicamentos, uso de álcool e outras drogas, doenças autoimunes, doenças metabólicas ou doenças genéticas. Alguns dos sintomas mais comuns são: cansaço, febre, mal-estar, tontura, enjoo, vômitos, dor abdominal, pele e olhos amarelados, urina escura e fezes claras.
As hepatites virais, são causadas por vírus classificados pelas letras do alfabeto em A, B, C, D (Delta) e E. O SUS (Sistema Único de Saúde) oferece diagnóstico e tratamento gratuito para todos os tipos de hepatites virais, sendo mais comuns do tipo A, B e C.
Dados estatísticos e acesso a medicamentos
De acordo com o Painel Informativo sobre os tratamentos das hepatites no SUS, do Ministério da Saúde, São Paulo é o Estado com mais pessoas em tratamento. Até dezembro de 2021, eram quase 9 mil tratados para hepatite B e mais de 4 mil para hepatite C. Segundo a Secretaria Municipal de Saúde, com dados extraídos em 30 de junho, há 18.618 casos confirmados notificados de hepatite B e 26.813 de hepatite C em 2022.
Em junho de 2020, uma portaria do Ministério da Saúde determinou a inclusão de medicamentos do Programa Nacional para a Prevenção e o Controle das Hepatites Virais no Componente Estratégico da Assistência Farmacêutica, o que deu início ao processo de descentralização da dispensação dos medicamentos das farmácias estaduais para as farmácias municipais. Esta medida facilitou o acesso aos remédios às unidades de tratamento.
Para pacientes ambulatoriais que se tratam na rede municipal de saúde, o acesso a medicamentos acontece na própria unidade onde é realizado o tratamento. Já os pacientes com acompanhamento na rede privada (residentes do município de São Paulo) e em hospitais de referência em tratamento de hepatites virais podem consultar os locais de dispensação, documentação e horários de atendimento no site da Secretaria da Saúde.
Outras informações, acesse a página sobre tratamento de hepatites virais da Vigilância em Saúde.
Plano de Eliminação das Hepatites Virais
O município de São Paulo integra o Plano Nacional de Eliminação das Hepatites Virais até 2030. O desafio é a redução de 90% de novas infecções por hepatites virais B e C e redução de 65% na taxa de mortalidade associada às hepatites virais B e C. Para atingir a meta, a capital promove a vacinação da hepatite B para todas as idades e oferece o teste rápido para hepatites B e C. O tratamento da hepatite C é gratuito para todos os portadores da doença na rede municipal.